Manifestações, tiros, troca de insultos, um país dividido em dois e agora o novo Brexit, em versão norte-americana? Parece que sim. A Califórnia quer deixar de fazer parte dos Estados Unidos – como o Reino Unido votou para sair da União Europeia – e já há petições de anónimos e famosos.
Tudo por causa da vitória de Donald Trump. “CalExit” é o movimento que ganhou asas no Twitter, através desta hashtag com o mesmo nome e de outra semelhante (#Caleavefornia).
Até já foi criada uma campanha por um grupo chamado ‘Yes California Independence Campaign’. Será ainda organizado um evento na próxima semana em Sacramento para obter mais apoio para este movimento.
“Como a sexta maior economia do mundo, a Califórnia é mais poderosa economicamente do que a França e tem uma população maior do que a Polónia. Ponto a ponto, a Califórnia compara e compete com os países, não apenas com os outros 49 estados”, disse o grupo no seu site, pedindo a independência para o ano de 2020.
Entre as caras conhecidas, Perez Hilton, que criou o site TMZ, concorda com todo este movimento, como afirmou na sua conta de Twitter.
Também Shervin Pishevar, capitalista de risco de Silicon Valley, prometeu financiar “uma campanha legítima para a Califórnia se tornar a sua própria nação”.
Na rua os protestos são bem visíveis naquele estado. Alunos da Universidade da Califórnia bloquearam estradas durante uma marcha onde entoaram slogans anti-Trump e ‘You are not America, we are America’ (Tu não és a América, nós somos a América).
Escusado será dizer que Hillary Clinton ganhou neste estado.