LeBron James, jogador de basquetebol, anunciou esta quinta-feira que fez uma doação de 2,5 milhões de dólares (aproximadamente 2,3 milhões de euros) para apoiar uma exposição sobre Muhammad Ali, no Museu Nacional da História e Cultura Afroamericana, situado em Washington e inaugurado em setembro.
O atleta que atualmente representa a equipa do Cleveland Cavaliers – venceu o principal campeonato de basquetebol norte-americano, a NBA, por três vezes – justificou a sua decisão com o facto de ser um grande fã da lenda do boxe, que morreu em 3 de junho, aos 74 anos, após longa batalha contra a doença de Parkinson.
“Todos os atletas profissionais, independentemente de raça ou género, devem ser gratos a Muhammad Ali. O seu legado merece ser estudado e reverenciado a todas as gerações”, afirmou LeBron ao ‘USA Today’ acrescentando que “sem a sua paixão, determinação e sentido de moral, não sei se estaria aqui. Penso nele todos os dias”.
A exibição “Muhammad Ali: A Força por Mudança” apresenta algumas peças do pugilista, incluindo calções e luvas, e aborda não só a carreira desportiva mas também o lado de ativista político de Ali.
O curador da galeria do museu, Damion Thomas, revelou-se “extremamente grato” a LeBron: “Como a superestrela socialmente mais ativa no desporto atualmente, LeBron James é a prova de que a influência de Muhammad Ali encarna os tumultos sociais e raciais de seus tempos, ofuscando linhas entre políticas e desporto, ativismo e entretenimento.”
O ‘USA Today’ avança ainda que os antigos basquetebolistas Michael Jordan e Magic Johnson também doaram dinheiro ao museu para a realização da exposição.
O Museu Nacional da História e Cultura Afroamericana tem mais de 36 mil elementos que descrevem a jornada do povo afro-americano deste os tempos de escravidão, nos anos 1800, à luta por direitos civis no século 20. No rol de personalidades merecedoras de destaque estão, para além de Ali, a apresentadora Oprah Winfrey e a campeã de ténis Serena Williams.
