Carlos Santos, que faleceu no último domingo vítima de complicações no pós-operatório depois de uma intervenção cirúrgica à coluna cervical, vivia há vários anos com a também atriz Amélia Videira.
De casamento marcado para o próximo mês de dezembro, o ator não viu o seu desejo de subir ao altar realizado e, pelo caminho ficou “uma bonita história de amor”, como Júlio Isidro fez questão de testemunhar através das redes sociais.
“O amor vem sempre a tempo”, começou por escrever o apresentador relembrando, a relação que Carlos Santos e Amélia Videira deixaram “em suspenso” por mais de três décadas: “Tiveram um caso vai para 35 anos. Acabou ou ficou em suspenso a tempo de seguirem as suas vidas a representar outras vidas. Amadureceram, envelheceram e noutro palco da vida reencontraram-se. O horizonte temporal tinha encurtado, mas ainda havia tempo para amar, agora de forma diferente, laços sólidos de cumplicidade, gostos comuns e aquele amparas-me tu que eu também te amparo”.
“A actriz e o actor levaram tão a sério os seus papeis, que decidiram mesmo dar o nó, papel assinado e trapinhos juntos. Casavam num filme a brincar que estavam a rodar e matrimoniavam-se no cartório em Dezembro. Que felicidade transbordava nos olhos azuis dela e no sorriso aberto dele”, acrescentou fazendo referência ao facto de se terem reencontrado na série ‘Bem Vindos a Beirais’
Júlio Isidro disse ainda que tinha estado com os noivos há um mês e que “ficou com a certeza de que nunca é tarde para amar”. Mas, infelizmente, “a morte chegou – brutal, traiçoeira e sobretudo injusta – antes da felicidade consumada” para um amor que “estava no tempo certo”.
“O Carlos Santos e a Amélia Videira não chegaram a casar e hoje, num velório discreto, os olhos azuis dela fingiam sorrir enquanto me recitava ao ouvido as últimas palavras com que se despediu do noivo: Alma minha gentil que te partiste…. Deus, onde estavas?”, rematou o apresentador da RTP lamentando o triste desfecho.
Recorde-se que o corpo do artista esteve em câmara ardente na Basílica da Estrela, em Lisboa, esta terça-feira. Tendo o funeral seguido hoje para o cemitério do Alto de São João onde, por vontade do ator, os seus restos mortais foram cremados.