Como fundador do Facebook, quem melhor do que ele para falar com o mundo através desta rede social?
Mark Zuckerberg assistiu às eleições presidenciais norte-americanas com a filha Max, que faz um ano a 30 de novembro.
O momento histórico da vitória de Donald Trump, que ainda provoca reações e manifestações por várias cidades dos Estados Unidos da América, foi partilhado pelos dois e por milhões de seguidores.
Pai babado e figura influente no Facebook, Mark escolheu bem as palavras para descrever este momento.
“Esta foi a primeira eleição de Max. Ao segurar Max, pensei sobre todo o trabalho pela frente para criar o mundo que queremos para os nossos filhos. Este trabalho é maior do que qualquer presidência e o progresso não se move em linha reta”, começou por escrever numa espécie de carta aberta à bebé, fruto da sua relação com Priscilla Chan.
“As oportunidades mais importantes da geração de Max – como curar todas as doenças, melhorar a educação, conectar todos e promover a igualdade de oportunidades – terão foco a longo prazo e encontrar novas maneiras para todos nós trabalharmos juntos pode demorar décadas. Todos nós somos abençoados por ter a capacidade de tornar o mundo melhor e temos a responsabilidade de fazê-lo. Vamos trabalhar ainda mais”, disse o fundador do Facebook pouco depois da eleição de Trump.
Agora, e visto que os protestos continuam, Mark Zuckerberg voltou a falar ao mundo através desta plataforma.
Em causa, explica, estava o facto de muitas pessoas insinuarem que as notícias falsas, divulgadas no Facebook, contribuíram para esta eleição.
Mark respondeu numa longa carta, este sábado, que já tem mais de 158 mil gostos, mais de 10 mil partilhas e outros tantos comentários.
“De todo o conteúdo no Facebook, mais de 99% é autêntico. (…) Já lançamos um trabalho que permite à nossa comunidade detetar fraudes e notícias falsas e há mais coisas que podemos fazer aqui”, começou por dizer, partilhando o link onde se pode acompanhar o progresso desse trabalho.
O fundador salientou ainda o papel importante que esta rede social teve em fazer chegar os eleitores aos candidatos, e vice-versa, assim como a influência que tiveram em levar mais pessoas às urnas, que de outra forma ficariam em casa.
“Esta foi um eleição história e foi muito dolorosa para muitas pessoas. Ainda assim acho que é importante tentar perceber a perspetiva das pessoas que estão do outro lado. Na minha experiência, as pessoas são boas e mesmo que não achem isso hoje, acreditar nas pessoas leva a melhores resultados a longo prazo”, realçou.