Sampaio Pimentel, antigo vereador da Câmara do Porto, morreu na manhã desta terça-feira, aos 46 anos, vítima de doença prolongada.
Nascido no Porto, na freguesia da Sé, militante do CDS/PP e formado em Direito, Sampaio Pimentel foi, em 2013, o número dois da lista do atual presidente da autarquia, Rui Moreira (independente). Assumiu o pelouro da Fiscalização e Proteção Civil até julho, altura em que pediu a suspensão do mandato por razões de saúde.
Sampaio Pimentel já tinha ocupado o mesmo cargo na Câmara do Porto durante sete anos, com Rui Rio na presidência: foi eleito em 2005, no segundo mandato do social-democrata (o primeiro com maioria absoluta, o segundo em coligação com o CDS/PP) e deixou a autarquia em 2012, após ter sido nomeado Diretor de Segurança Social do Centro Distrital do Porto.
Licenciado em Direito pela Universidade Católica, Pimentel fez duas pós-graduações, em Fiscalidade e em Ciências Jurídico-Empresariais.
Em 1997, Sampaio Pimentel foi diretor de campanha de Carlos Azeredo, o general que a coligação PSD/CDS escolheu para defrontar o socialista Fernando Gomes, que acabaria eleito para o terceiro mandato na Câmara do Porto.
Quando saiu da Câmara, em 2012, Pimentel destacou a missão de “dar nova vida” ao Bom Sucesso e aquilo que designou como “o último grande desafio” que lhe foi lançado por Rui Rio: criar de raiz uma estrutura municipal que congregasse a fiscalização municipal.
“E é assim que surge, o Departamento Municipal de Fiscalização, com duas divisões: uma direcionada para a fiscalização geral – que trata da afixação de publicidade comercial e propaganda política na via pública, mas não só – e outra, cujo objetivo é fiscalizar as obras particulares”, descreveu, num comunicado de “despedida” da autarquia.
“É, hoje, mais um serviço camarário respeitado e a chegar à velocidade de cruzeiro, sabendo todos nós que muito há a fazer, com a vantagem de hoje sabermos por onde ir”, acrescentou.
Quanto à área dos Recursos Humanos, Pimentel assinalou a instalação do sistema biométrico de controlo da assiduidade, a redução do efetivo de 3300 para 2800 funcionários municipais e a redução de horas extraordinárias que, em cerca de quatro anos, baixou de “cerca de mais de 3,3 milhões de euros para 800 mil euros”.