Foi um discurso simpático e de reconhecimento pela transformação da cidade do Porto nos últimos anos.
O rei Felipe de Espanha deu o primeiro dos seis discursos que fará no decorrer desta visita de Estado de três dias em Portugal.
Na Câmara Municipal do Porto, o ênfase foi dado à importância de manter uma ótima relação com o país vizinho e, claro, à cidade anfitriã.
“O meu reconhecimento e admiração pela impressionante transformação que houve no Porto nos últimos anos. Soube acompanhar os ritmos dos tempos, para assumir a modernidade, com respeito pela história e tradição. O Porto continua a ser um verdadeiro símbolo de cidade aberta, cosmopolita e próxima ao mesmo tempo. Os habitantes sempre tiveram e têm como premissa o trabalho e a honra para superar qualquer adversidade”, disse Felipe VI.
O filho do rei emérito Juan Carlos, que abdicou do trono em 2014, salientou ainda o papel da Universidade do Porto e da ciência e tecnologia que a fazem “uma cidade empreendedora por excelência”.
“É notável a grande quantidade de centros de investigação públicos e privados com sede no Porto, que têm acordos nas mais diversas instituições espanholas e internacionais” e o aumento “espetacular do turismo”, com destaque para a oferta gastronómica e vinícola, como o Vinho do Porto.
Quanto à visita à Fundação Serralves para ver a exposição “do nosso universal pintor Joan Miró”, que era o ponto seguinte na agenda, Felipe garante que “alegra-nos que a obra de Miró, graças ao esforço de muitas pessoas, sirva para reforçar os laços entre ambos os países”.
Despediu-se com “sincera gratidão” à autarquia pela receção, que os recebeu com “afeto e alegria nesta primeira visita de Estado dos reis de Espanha ao Porto.
“Invicta no passado e, sem dúvida, Invicta no futuro”, rematou.
Antes, o rei tinha conversado durante meia hora, à porta fechada, com Marcelo Rebelo de Sousa. Este entregou-lhe duas prendas: uma do artista plástico José Guimarães, da ‘velha guarda’, e outra da artista plástica de Joana Vasconcelos, mais contemporânea.
Lá dentro a música esteve a cargo da Orquestra Juvenil da Bonjóia. Lá fora aguardavam três turmas de crianças, que puderam falar com os reis e o presidente da República, tal como os restantes populares – eram às centenas – na avenida dos Aliados.
“O Porto é muito caloroso e está a acolher muito bem os reis de Espanha. Os reis estão muito surpreendidos com o sol, o calor, as pessoas, a receção na Câmara”, disse Marcelo em direto aos jornalistas.
Fotos: Agência Lusa