Os Metallica colocaram um ponto final num silêncio que durou oito anos e lançaram este mês ‘Hardwired… To Self-Destruct’, o 10.º álbum de estúdio da banda, que precede a ‘Death Magnetic’ (2008).
As expectativas foram colocadas num patamar muito elevado pela revista musical norte-americana ‘Hits’, ao perspetivar que este disco se irá tornar no mais vendido da década entre os que estão inseridos na categoria de heavy metal. Ainda de acordo com as suas previsões, ‘Hardwired… To Self-Destruct’ irá vender aproximadamente 270 mil cópias só na primeira semana.
Os próprios membros dos Metallica não escondem a ambição desmedida que os acompanha neste novo projeto. Palavra do guitarrista Kirk Hammett: “Queremos continuar a ser os melhores.”
Este álbum, cuja grande maioria das 12 faixas tem duração superior a seis minutos, será apresentado pelo quarteto num tour previsto para 2017, sabendo-se desde já que foi feito com “muita fúria e agressividade” perante a “condição humana”.
Ainda assim, em ‘Halo on fire’ a banda diminui um pouco o ritmo e é precisamente esse tema que lhe deixamos aqui para ouvir:
Do heavy metal dos Metallica passamos ao hip hop norte-americano dos ‘A Tribe Called Quest’ e, mais precisamente, ao álbum que se fez nostálgico face à intenção de fechar um capítulo e que dá pelo nome de ‘We Got It From Here… Thank You 4 Your Service’.
Este novo disco do grupo serve, sobretudo, de homenagem a Phife Dawg, o eterno integrante do grupo, que morreu a 22 de março deste ano, aos 45 anos. E, tal como o dos Metallica, também este promete atingir o topo, não de vendas, mas sim de melhor álbum de hip-hop do ano.
Lançado a 11 de novembro último, ‘We Got It From Here… Thank You 4 Your Service’ é o 6.º trabalho da banda e o sucessor de ‘The Love Movement’ (1998), sendo que começou a ser gravado ainda com Dawg em vida.
“Depois disso, foi muito complicado ouvir este trabalho, porque é como se eu estivesse a conversar com ele”, comentou Q-Tip a propósito desse fatídico momento, deixando depois a garantia que os fãs da banda não queriam ouvir: “Este é o nosso último álbum.”
Por tudo isto, sugerimos um dos temas verbalmente mais agressivos do disco e, consequentemente, mais ligado ao hip-hop, cuja letra parece adivinhar o triunfo de Donald Trump na corrida pelo poder nos Estados Unidos da América. Eis ‘We the People’:
Para terminar as nossas sugestões musicais para a semana de uma forma confortável, viajamos desde os Estados Unidos até Portugal e, “cá por casa”, encontrámos o fado lusitano de Gisela João.
‘Nua’ é o mais recente trabalho da fadista portuguesa que se despe de pressões sociais e apresenta-se na capa como veio ao mundo. O disco reúne 13 temas, entre inéditos e recriações, e segundo a sua autora é “para desfrutar com o coração.”
Acompanhada pelos músicos Ricardo Parreira, na guitarra portuguesa, Nélson Aleixo, na viola, e Francisco Gaspar, na viola baixo, neste novo trabalho a multi-galardoada Gisela João traz com ela, para além dos inéditos, algum repertório de Amália Rodrigues, entre eles um poema de Alexandre O’Neill, criações de Beatriz da Conceição, bem como letras de Carlos Paião e do brasileiro Cartola.
Disponível em CD e vinil, abrimos-lhe o apetite com “Fado Para Esta Noite”, um tema que espelha bem a generalidade de ‘Nua’: