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Alepo: relatos de terror chegam através das redes sociais

As imagens que chegam de Alepo são de terror, de dor, de humilhação, mas sobretudo de destruição e violência. Imagens que não deixam ninguém indiferente ao que está a acontecer com o povo sírio.

Ontem, centenas de residentes daquela cidade síria publicaram vídeos de despedida nas redes sociais ao mesmo tempo que, num cenário de desespero, descreviam o ambiente.

De acordo com a ONU, as forças leais ao regime de Bashar al-Assad – que contam com apoio aéreo russo e tentam a todo o custo recuperar o controlo de áreas controladas por grupos rebelde – chegaram a entrar nas casas que ainda se mantinham de pé, varrendo a pente fino à procura de sobreviventes. O intuito era só um: a chacina. A organização descreve a situação como “colapso de humanidade” e continua a apelar à “criação de corredores humanitários uma vez que há milhares de vidas inocentes em risco”.

A partir de Azaz, localidade situada a norte de Alepo, Abdullah Othman, responsável do denominado Conselho Consultivo na Frente do Levante – um dos grupos rebeldes que se opõe ao regime – afirmou ao Daily Beast que nas últimas horas em Alepo “pelo menos 20 mulheres se suicidaram para evitarem ser violadas”, e cerca de “8o pessoas foram assassinadas pelas forças fiéis ao governo”

Hoje, dia em que se previa o cessar fogo e a retirada das tropas, o cenário de guerra mantém-se naquela que é já conhecida como “a cidade mártir”. A retirada de civis e rebeldes da cidade deveria ter começado durante esta madrugada mas “está atrasada várias horas”, segundo noticiam as agências de notícias AFP e AP e meios de comunicação social locais.

Veja alguns vídeos partilhados pelos habitantes de Alepo e por entidades no terreno: