“Não há sombra de dúvida que a pessoa morta é Anis Amri”, foi assim que o Ministro do Interior de Itália, Marco Minniti, confirmou hoje que o homem morto, esta madrugada, em Milão, se trata do suspeito do ataque de Berlim, na segunda-feira.
“Ele era o homem mais procurado na Europa e nós conseguimos identificá-lo e neutralizá-lo. Isto significa que a nossa segurança está a funcionar bem”, disse, orgulhoso, referindo ainda que as pessoas têm agora as condições necessárias para ter um Natal mais tranquilo.
O anúncio da morte de Anis Amri, de 24 anos, só foi feito pela polícia depois desta ter confirmado a sua identidade através das suas impressões digitais.
Também o Estado Islâmico confirmou que se tratava do autor do atentado: “O atacante de Berlim realizou um novo ataque contra uma patrulha da polícia italiana em Milão e foi morto num tiroteio”, referem num comunicado divulgado pela sua agência de propaganda Amaq.
O suspeito foi morto após uma troca de tiros com a polícia italiana. Segundo o ‘Corriere de la Serra’, ao ser abordado pelas autoridades, pelas 03h00 na praça de Maggio, no bairro de Sesta San Giovanni, terá sacado de uma pistola da mochila que transportava às costas, e atingiu um dos agentes no ombro. Nesse momento, o outro polícia abateu-o.
Anis Amri era o homem mais procurado na Alemanha e arredores por conta do mandado internacional emitido desde que atropelou mortalmente 12 pessoas e feriu outras 48, ao entrar com um camião no Mercado de Natal de Berlim.
Segundo o ‘The Guardian’, o jovem tunisino já possuía antecedentes em Itália. Teria chegado ao país em 2011, na companhia de outras centenas de seus compatriotas, num barco.
Depois disso terá passado três anos e meio em seis prisões diferentes na Sicília por ter despoletado um incêndio num centro de refugiados. Foi transferido entre vários estabelecimentos prisionais devido ao seu mau comportamento.
Momentos antes de ser apanhado em Milão, vários meios avançavam que a polícia dinamarquesa havia visto um homem que correspondia às característica de Anis, na cidade Aalborg.
Banda norte-americana doa dinheiro a vítimas
Os OneRepublic doou 95,8 mil euros às vítimas e aos familiares daqueles que morreram no ataque reivindicado pelo Estado Islâmico.
“Nós estivemos naquele mercado de Natal na noite anterior”, lembrou Ryan Tedder, um dos elementos da banda, à revista ‘Rolling Stone’.
O dinheiro foi entregue à associação de solidariedade ‘Weisser Ring’ e o objetivo é que esta doação possa “ajudar a reconstruir a vida daqueles que foram afetados pelo atentado e encorajar outras pessoas a ajudarem também”.