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Adeptos colombianos fazem à Chapecoense a mais bela homenagem da história do futebol

O Estádio Atanasio Girardot, em Medellín, na Colômbia, esgotou e nas suas imediações havia ainda milhares de pessoas que quiseram prestar uma última homenagem à Chapecoense.

Seria esse o palco da 1.ª mão da final da Copa Sul-Americana, entre o Atlético Nacional e a equipa brasileira, partida que não se realizou devido à tragédia que matou 71 pessoas, na passada terça-feira (29 novembro).

Foi precisamente pela hora a que o jogo teria início que arrancou uma das mais belas homenagens da história do futebol. As cerimónias começaram na noite desta quarta-feira e prolongaram-se pela madrugada portuguesa deste dia1 de dezembro.

Grande parte dos adeptos colombianos presentes no local vestiram-se de branco e ergueram várias tarjas de apoio. “Equipa imortal, campeões para sempre”, podia ler-se, por exemplo, numa delas. Mas havia muitas outras que comprovam a solidariedade dos adeptos colombianos.

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Desde que aconteceu a tragédia, o clube colombiano não se cansou de dar exemplos de solidariedade. A pedido dos jogadores do Atlético Nacional, esse emblema até solicitou à Conmebol que oferecesse o título da Copa Sul-Americana à Chapecoense.

Ainda em Medellín, a cerimónia terminou com os apoiantes colombianos aos pulos nas bancadas e, simultaneamente, com cânticos de apoio total às vítimas da equipa brasileira de futebol.

Pela mesma hora, no estádio da Chapecoense, no Brasil, também se prestou uma sentida homenagem às vítimas desta tragédia. Aí, mais do que em qualquer parte do mundo, as lágrimas imperaram. Mas também houve luz, muita luz vinda dos telemóveis dos milhares de adeptos presentes nas bancadas.

O acidente aéreo que vitimou dirigentes, jogadores e treinadores da Chapecoense, jornalistas brasileiros, tripulação e convidados comoveu o mundo da bola como poucas vezes se viu na história do futebol.

Por cá, a tragédia também deixou marcas. Caio Júnior, treinador da equipa brasileira e uma das vítimas deste acidente, passou por Portugal enquanto jogador e foi colega de equipa de José Calado no Estrela da Amadora. O antigo futebolista e agora comentador da CMTV não conseguiu conter as lágrimas, em direto, num programa desse canal televisivo e, extremamente comovido, acabou por abandonar o estúdio.