Atinge cerca de 2% da população adulta portuguesa e inicia-se em regra entre os 20 e os 50 anos, sendo que as mulheres são cinco a nove vezes mais afetadas do que os homens. Agora a fibromialgia já é reconhecida como doença.
A Direção-Geral da Saúde (DGS) publicou a norma para a fibromialgia, que passa a reconhecer oficialmente a doença. Na norma estão inseridos “todos os pontos de diagnóstico, a forma como os doentes devem ser diagnosticados, acompanhados, e as bases científicas que levaram a DGS a elaborar esta norma”.
“Isto é muito importante, é um passo de gigante para mais de 300 mil doentes”, porque significa que “finalmente a fibromialgia está oficialmente reconhecida como uma patologia”, disse Fernanda Margarida Neves de Sá, presidente da Associação Portuguesa de Doentes com Fibromialgia.
A norma vai ser enviada para “todos os centros de saúde, para todos os centros hospitalares” e todos os profissionais de saúde vão ter que a seguir e tem de ser obrigatoriamente cumprida.
Ou seja, a partir de agora, quando um médico disser que a fibromialgia não existe, o doente pode fazer participação à DGS.
O Ministério da Saúde estava a aguardar por esta norma para prosseguir o processo de “aceitação da resolução aprovada pela Assembleia da República”, e publicada em Diário da República em julho de 2015, que recomenda ao Governo a implementação de medidas pelo reconhecimento e proteção das pessoas com fibromialgia.