Na passada sexta-feira, 9, Nova Iorque foi palco da cerimónia ‘Billboard Women in Music’, evento que serve para prestar homenagem a várias mulheres da indústria musical.
Na passadeira vermelha desfilaram nomes como Shania Twain, Rita Ora e Zayn Malik. No entanto, Madonna foi a estrela da noite que, ao ser distinguida com o prémio ‘Mulher do Ano’, brindou os presentes com um discurso emocionante.
A ‘rainha da pop’ começou por sublinhar o facto de sobreviver da indústria musical ao longo de tanto tempo. “Obrigada por reconhecerem o meu contributo para a música ao longo de 34 anos, numa indústria de sexismo, bullying e abusos”, agradeceu a cantora.
Durante o discurso, Madonna falou sobre as dificuldades que encontrou quando se mudou para Nova Iorque, em 1979. “No meu primeiro ano, fiquei sob a mira de uma arma, fui violada num terraço com uma faca na minha garganta e tive o meu apartamento invadido e roubado tantas vezes que parei de trancar as portas”, revelou, lembrando também os amigos que perdeu e a epidemia de SIDA: “As pessoas estavam a morrer em todo o lado. Não era seguro ser gay, não era ‘cool’ estar associado a uma comunidade gay”.
A artista esclareceu que tudo isto fez com que aprendesse uma grande lição: “Na vida não há nenhuma segurança real, exceto a sua auto-confiança”.
No final do discurso, Madonna afirmou ainda que um dos seus maiores desafios é ser uma boa mãe. “A maior realização, eu acho, foi terminar a minha digressão, fazer os meus espetáculos a cada noite e lidar com os desafios de ser mãe. Esse é sempre o desafio para mim. Ser uma boa mãe, ser artista, passar por tudo”, disse a intérprete de ‘Like a Virgin’.
Depois da cerimónia, Janice Min, presidente e chefe do comité criativo do grupo ‘The Hollywood Reporter-Billboard’ ressalvou o mérito da cantora: “Com sua visão criativa, inovação e dedicação às causas filantrópicas, é uma inspiração para milhares de pessoas em todo o mundo, ao mesmo tempo em que vende álbuns. É uma feminista importante, uma artista que usou a sua influência para mudar as conversas sobre mulheres, sexualidade e igualdade de géneros”.
As outras homenageadas da noite foram as cantoras pop Kesha e Meghan Trainor, as artistas de country Shania Twain e Maren Morris, a cantora de jazz Andra Day e a artista eletro-pop Halsey.
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