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Milhares de pessoas no último adeus a Fidel Castro

O funeral de Fidel Castro aconteceu hoje em Santiago de Cuba (leste), berço da revolução, numa cerimónia que encerrou os nove dias de luto decretados após a morte do ex-presidente, a 25 de novembro, aos 90 anos.

O último adeus a ‘El Comandante’ teve início por volta das 7h00 (12h00 em Lisboa) com 21 salvas de artilharia, pouco depois da chegada da ‘caravana da liberdade – onde seguiam as cinzas do líder cubano – ao cemitério de Santa Ifigénia, onde estão enterrados outros heróis nacionais.

À entrada do cemitério, uma multidão de vários milhares de pessoas gritava “Viva Fidel” enquanto passava a urna envolta na bandeira cubana e protegida por uma caixa de vidro, como aliás aconteceu durante os mais de 900 quilómetros percorridos entre Havana e a última morada do ditador.

A cerimónia “simples”, como frisou o irmão de Fidel, Raul Castro, foi apenas para a família e alguns dignitários cubanos e estrangeiros, entre os quais estiveram Dilma Roussef e Lula da Silva, enquanto a imprensa internacional foi mantida à distância

Sabe-se no entanto que os restos mortais de Fidel Castro foram enterrados ao lado do mausoléu de José Marti, pai da independência de Cuba.

No dia de ontem, o atual presidente de Cuba jurou, diante das cinzas do seu irmão, “defender a pátria e o socialismo”, adiantando que Fidel “demonstrou que isso é possível” e anunciou que o nome e a figura do líder da revolução cubana não vão ser utilizados em lugares públicos, ruas ou praças, nem serão erguidos em sua memória monumentos, bustos ou estátuas, por desejo expresso do falecido.

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