Tem 72 anos, 50 de carreira, e está em Portugal para abraçar um novo projeto. “Eu amo Lisboa”, afirma a atriz brasileira que integra o elenco de ‘Ouro Verde’, a novela da TVI para 2017. Embora já conhecesse a capital, esta é a primeira vez que Zezé Motta passa uma temporada maior no nosso país e talvez fique por cá no Natal, devido aos afazeres profissionais.
“Eu preciso ir ao Brasil, tenho uma mãe com 92 anos e as minhas filhas vão sentir-se orfãs se não for, mas se não der para esticar até ao reveillon talvez fique por cá, e sei que vou ser bem acolhida”, afirmou Zezé Motta durante aquela que foi a sua primeira grande festa ao lado da “família” do canal de Queluz de Baixo, a ‘Gala das Estrelas’.
Conquistada pelos colegas e público português, a veterana das novelas brasileiras tece largos elogios a Diogo Morgado, com quem contracena diretamente em ‘Ouro Verde’, e Pedro Carvalho, que conheceu durante as gravações de ‘Escrava Mãe’: “o Diogo é maravilhoso, bom ator e muito boa pessoa. Já virámos amigos” e “o Pedro foi uma grata surpresa”.
Foi aliás Pedro Carvalho quem indicou Zezé para o papel na nova produção da TVI. “Foi coisa do destino!”, começou por afirmar a atriz justificando que “procuravam uma senhora, de cor, para ser a governanta da fazenda, a mulher que cuida do ‘Jorginho’ [personagem de Diogo Morgado no início da trama]”.
A adaptar-se ao frio que se faz sentir por esta altura do ano, a estrela da ficção brasileira é acarinhada pelo povo português que a reconhece na rua: “Algumas ficam na dúvida, mas muitas reconhecem-me, sobretudo pela voz e perguntam de onde, ao que eu respondo ‘de sua casa'”.
Mas não é só das telenovelas que os portugueses conhecem Zezé. A atriz, que também dá uns acordes como cantora, chegou a atuar para “um público imenso de 30 mil pessoas”. Embora a artista não recorde o ano em que esse grande momento aconteceu, lembra que o projeto juntava “música de países de língua portuguesa”. “Eu abri o show e representei o Brasil. Quem encerrou foi Gilberto Gil. Foi um espetáculo muito bonito!”, conclui.