Depois de ‘Poderosas’, na SIC, Andreia Dinis “agarrou” um ambicioso projeto no canal público. Em ‘Ministério do Tempo’ a atriz visita um registo longe daquele que a notabilizou, partindo assim para outras experiências.
“Feliz” com o desafio que lhe foi proposto, a atriz desfaz-se em elogios à produção. “Gravamos tal e qual no cinema. Houve muito cuidado na realização, foi tudo feito ao pormenor e para nós atores é muito estimulante. É um luxo trabalhar assim”, afirma entusiasmada.
No papel de ‘Irene’, “uma agente sénior, nascida em 1930 e lésbica”, Andreia Dinis teve o desafio de “jogar” com a discrepância entre o início do século XX, quando a homossexualidade era tabu, e o século XXI, onde a sua personagem se torna “livre” para viver a vida independentemente das suas escolhas sexuais.
Crente que ‘Ministério do Tempo’ – que estreou esta segunda-feira (2) na RTP – irá “agarrar público de vários targets, desde os mais novos que estudam estes episódios na escola, como os avós que de alguma forma estão próximos da realidade de antigamente”, realça a “humanização” que é feita das personagens históricas, como é o caso de Camões ou Fernando Pessoa.
“Todos nós temos uma ideia pré-concebida de como eles seriam e esta série permite desmistificar tudo isso. No caso de Camões, por exemplo, eu tinha-o como um homem sério, compenetrado, e ele aqui é o oposto, é um bon vivant, mulherengo”, sublinha, feliz com o desafio. “Este projeto era exatamente o que eu procurava nesta altura da minha carreira”, confessa.
De 2016 faz um balanço “muito positivo”: “Foi um ano de muito trabalho mas compensador”. Embora tenha já alguns convites para 2017, prefere ainda não revelar os próximos desafios.