Mila Kunis tem origens judaicas e nasceu na Ucrânia, na altura em que ainda era União Soviética. A atriz chegou aos Estados Unidos da América como refugiada da Guerra Fria, mas se fosse agora, salienta o marido, não entraria no país.
Tudo por causa da decisão de Donald Trump de suspender a entrada nos EUA de refugiados sírios de outros seis países maioritariamente muçulmanos: Irão, Iraque, Somália, Sudão, Líbia e Iémen, por quatro meses.
Milhares de pessoas manifestaram-se nos maiores aeroportos do país e nas ruas – incluindo as irmãs modelos Gigi e Bella Hadid, cujo pai nasceu na Palestina e a mãe na Holanda – para contestar a medida. Uma juíza do tribunal federal do Distrito Sul de Nova Iorque já veio mesmo suspender temporariamente as deportações dos refugiados.
Ashton Kutcher é uma das caras da revolta. “A minha mulher chegou a este país com um visto de refugiada no meio da Guerra Fria! O meu sangue está a ferver neste preciso momento”, escreveu no Twitter pouco depois da decisão do Presidente eleito.
Selena Gomez já veio demonstrar o seu apoio ao ator, através da publicação no Instagram de uma frase sua.
Ashton teve de vir explicar ainda que acredita “em proteger as fronteiras. Acredito que é permitir segurança e segurança, mas fazemos isso com honra. Nós somos americanos” e que respeita o Presidente, mas não a sua política.
“Nunca fomos uma nação construída sobre o medo. Compaixão é a ética de raiz da América. As nossas diferenças são fundamentais para a nossa sustentabilidade”, concluiu o ator.
