“O meu pai, Mário Soares, morreu hoje dia 7 de Janeiro de 2017, às 15.28 horas. No Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa, em Lisboa. Onde estava desde 13 de Dezembro do ano passado. A minha irmã Isabel e eu estávamos a seu lado. Como sempre desde que nascemos. O seu funeral, organizado pela Presidência da Republica, presidência da Assembleia da República e Governo, terá lugar a partir de segunda feira dia 9 de Janeiro. (a foto é da sua penúltima prisão em Dezembro de 1967)”
Foi assim que João Soares reagiu este sábado à morte do seu pai, na página de Facebook.
Por ser um funeral de Estado e envolver toda uma logística, as cerimónias fúnebres só começam amanhã, 9 de janeiro.
O corpo do antigo Presidente da República e ex-Primeiro-Ministro sairá da sua casa em Campo Grande, Lisboa, às 10h30, com a PSP. A urna será levada num cortejo fúnebre, que passa pelas principais ruas da capital.
Às 11h30 chega à Câmara de Lisboa, onde será transferido para um armão com escolta a cavalo da GNR até ao Mosteiro dos Jerónimos, pelas 13h00.
Ficará em câmara ardente até à meia-noite, altura em que o velório abre ao público.
Na terça-feira, dia 10, mantém-se em câmara ardente entre as 08h00 e as 11h00. A cerimónia será feita às 13h00 e uma hora depois segue em cortejo para o Cemitério dos Prazeres, onde ficará no jazigo de família.
Segunda, terça e quarta serão dias de luto nacional, decretado pelo Governo.
O que é afinal um funeral de Estado?
Mário Soares como antigo Presidente da República só por si já teria um funeral de Estado.
A lei garante essa ‘honra’ a Presidentes da República (antigos e em funções), a presidentes da Assembleia e a primeiros-ministros.
Mas o Governo pode decidir fazer um funeral de Estado a outras figuras merecedoras de tal, assim como lhe cabe determinar a duração e âmbito do luto. Neste caso são três dias de luto nacional.
Durante este período o Governo costuma suspender festividades e cerimónias já planeadas.
A bandeira nacional – e todas as outras nesse tempo de luto nacional – será colocada a meia haste e cada uma das embaixadas portuguesas espalhadas pelo mundo vai abrir um livro de condolências para quem quiser prestar uma última homenagem a Mário Soares.
Veja alguns dos momentos cruciais da vida de Mário Soares, num vídeo de animação:
Relembre a reação do Partido Socialista à perda do seu fundador “fixe”:
Reveja ainda a homenagem a Mário Soares nos 40 anos do I Governo Constitucional, em julho do ano passado:
