Proibida a entrada de imigrantes nos EUA, especialmente se forem refugiados sírios ou de seis países maioritariamente muçulmanos (Irão, Iraque, Somália, Sudão, Líbia e Iémen)? Sem problema. A Starbucks já respondeu à letra a Donald Trump.
A rede de cafés norte-americana anunciou que vai contratar nos próximos cinco anos 10 mil refugiados nos 75 países onde está presente.
“Escrevo hoje com uma profunda preocupação, o coração apertado e uma promessa decidida”, escreveu o presidente da Starbucks, Howard Schultz, num e-mail enviado aos seus funcionários e que foi publicado na internet.
“Vivemos tempos sem precedentes, nos quais somos testemunhas de que a consciência de nosso país e a promessa do sonho americano foram colocadas em xeque”, acrescentou Schultz, que apoia o Partido Democrata.
Nos Estados Unidos, a Starbucks começará a recrutar refugiados que trabalharam para o exército americano como, por exemplo, intérpretes.
“Devemos garantir que os nossos escolhidos nos ouçam individual e coletivamente. A Starbucks faz a sua parte”, disse o presidente da empresa, acrescentando que a rede de cafés quer servir os seus clientes de forma igual “num país cristão como num país muçulmano”.
Esta reação surge pouco depois do site de alojamento temporário Airbnb ter proposto que irá dar alojamento gratuito às pessoas afetadas pelo decreto.
“A Airbnb fornece um alojamento gratuito aos refugiados e a qualquer pessoa proibida de entrar nos Estados Unidos”, indicou no Twitter Brian Chesky, presidente da empresa.