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Melania Trump já tem designer: Dolce & Gabbana

Falem bem de ou mal mim, mas falem. Esta parece ser uma expressão popular que encaixa tanto no casal Donald e Melania Trump como na dupla de designers Dolce & Gabbana.

Peritos em gerar controvérsia, os últimos anos trouxeram para a ribalta os dois criadores pelas piores razões possíveis: um escândalo fiscal, a venda no website de uma sandália designada “de escravo”, a insurreição contra o casamento homossexual – sendo que ambos são assumidamente gays e já foram namorados – ou chamarem crianças nascidas através de tratamento de Fecundação in Vitro “bebés químicos e sintéticos”.

Agora foi a vez de Stefano Gabbana, parte da dupla de designers, vir a público expressar o seu apoio à próxima dama presidencial dos Estados Unidos, Melania Trump. Foi através do Instagram que Stefano publicou seis fotos onde mostra o seu apoio, simpatia e gratidão às duas pessoas menos amadas do momento e descreve Melania como “uma mulher DG”.

Se os últimos anos representaram uma descida nas vendas da marca italiana, os comentários feitos nas fotos mostram uma dicotomia entre pessoas que aplaudem a ousadia e a honra de vestir a mulher de um presidente e outras que dizem que a honra vem primeiro que os negócios e que a Dolce & Gabbana é uma “marca em extinção”. Stefano chega a responder aos comentários, agradecendo aqueles que o apoiam e convidando aqueles que não o fazem a deixar de segui-lo.

Melania Trump #DGwoman ❤❤❤❤❤ thank you ?? #madeinitaly??

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X 1 dress ❤❤❤ thank u

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Very interesting!!! Vediamo chi sara’ indignato oggi…..

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Dezenas de craidores de moda disseram abertamente que se recusariam vestir Melania – graças à retórica política do marido, considerada racista, sexista e xenófoba. Tom Ford disse que “as suas roupas eram demasiado caras para vestir uma primeira dama” – ainda que tenha feito um vestido personalizado para Michelle Obama – e Marc Jacobs afirmou que preferia colocar a sua energia “em ajudar aqueles que serão prejudicados por Trump e seus apoiantes”.

A antiga designer da primeira dama Michelle Obama, uma imigrante nos Estados Unidos, chegou a escrever uma carta pública, a 17 de Novembro de 2016, dizendo que a sua marca – Sophie Theallet – ergue-se “contra todo o tipo de discriminação e preconceito”, valoriza a liberdade e pretende “contribuir para uma forma mais humana, consciente e ética de criar neste mundo”. Sophie encorajava outros designers a fazerem o mesmo e terminava com a frase “a integridade é nossa única moeda”.

Tommy Hilfiger, que nos anos 90 foi apelidado de racista, também veio a público dizer que “qualquer designer deveria ter orgulho de vestir Melania Trump, uma mulher muito bonita” e pediu os seus homólogos criadores que “não sejam políticos”.