É a vantagem de ser mulher. Não é um comentário feminista, é mesmo científico. Pelo menos é assim nos Estados Unidos da América.
Segundo um estudo divulgado por investigadores da Universidade de Harvard, nos EUA, os pacientes que são tratados por profissionais de saúde do sexo feminino têm menos probabilidade de morrer do que aqueles que são tratados por médicos homens.
Os cientistas da Escola T.H. Chan de Saúde Pública de Harvard analisaram os dados de cerca de 620 mil homens e 960 mil mulheres que foram internados em hospitais norte-americanos entre 2011 e 2014, e tentaram encontrar uma relação entre o sexo dos médicos e a mortalidade dos pacientes.
Todos os participantes tinham pelo menos 65 anos de idade e durante o internamento foram tratados por um total de cerca de 60 mil médicos: cerca de 20 mil mulheres e 40 mil homens.
A conclusão do estudo publicado no jornal científico ‘JAMA Internal Medicine’ revela que os pacientes tratados por profissionais de saúde do sexo feminino tinham um risco 4% menor de morrer no prazo de um mês, após serem admitidos no hospital, do que aqueles que foram tratados por médicos do sexo masculino.
Além disso, esses pacientes também foram 5% menos propensos a ser readmitidos no hospital no mesmo período de tempo.
O estudo não explica a razão para tal resultado, mas investigações anteriores já tinham revelado que as médicas tendem a passar mais tempo com os pacientes, a comunicar melhor e a seguir com mais frequência as orientações clínicas do que os colegas do sexo masculino.