Uma equipa de investigadores da Universidade de Los Angeles (UCLA) e da Suécia anunciou esta semana o desenvolvimento de um microscópio que utiliza um smartphone para detetar as sequências de ADN em células e tecidos.
Na prática, o grupo desenvolveu e produziu numa impressora 3D um periférico para integrar o microscópio a um Nokia Lumia 1020, conseguindo usá-lo para fazer o sequenciamento em linhas de cancro e amostras de tumores. A análise foi feita através de uma aplicação no smartphone.
Assim, é possível ligar o microscópio móvel a um telemóvel e realizar sequenciamentos de ADN ou análises moleculares em tumores, mesmo em locais remotos, que não possuem equipamentos médicos de primeira linha, ou mesmo fora de um ambiente hospitalar.
A nova técnica foi apresentada num artigo publicado esta terça-feira na ‘Nature Communications’.
Em teoria, a nova tecnologia pode permitir que os médicos sejam capazes de diagnosticar casos de cancro em qualquer lugar, um grande avanço para a telemedicina.
“Os diagnósticos moleculares no ponto de atendimento são atualmente uma questão difícil em locais com baixos recursos. Com o grande desenvolvimento das suas câmaras e sensores, bem como o seu poder computacional, os smartphones podem trazer medições biomédicas dos laboratórios para o campo”, afirmam os cientistas.