Não é propriamente ouro, como tem no seu apartamento na Trump Tower em Nova Iorque, mas faz lembrar isso mesmo. Donald Trump tem a Sala Oval à sua imagem e gosto. Tirou as cortinas vermelhas de Barack Obama e escolheu umas bem douradas.
O resultado da redecoração, que diz ser ligeira, já está à vista. Quando o novo presidente dos EUA assinou uma ordem executiva no famoso gabinete deu para perceber que havia uma mudança de estética.
Nada muito extravagante, até porque se esperava algo semelhante de Trump e porque também Bill Clinton e George W. Bush tinham cortinas douradas.
Também o tapete enorme na Sala Oval é novo. Obama tinha um com citações de quatro antigos presidentes. Donald tem um dourado com motivos de flores nas bordas, idêntico ao que Reagan tinha.
Outras mudanças de decoração que se notaram: o busto de Martin Luther King saiu do escritório e foi colocado noutra divisão, tendo sido substituído por um busto de Winston Churchill que estava guardado noutro lado durante o mandato de Barack.
Também os sofás verdes terão sido tirados para darem lugar a uns…dourados, lá está.
O que se manteve? Muita coisa. Nomeadamente a ‘Resolute Desk’, mesa que foi oferecida pela Rainha Vitória de Inglaterra ao presidente Rutherford B Hayes em 1880 e que foi levada para a Sala Oval por Jackie Kennedy, onde continua desde então.
Mesmo que o 45º comandante-chefe da nação quisesse mudar tudo ao seu gosto não o poderia fazer. Divisões históricas, como o quarto de Lincoln, e os espaços públicos, como a Sala Verde e a sala de jantares de Estado, são intocáveis, a não ser que haja uma aprovação da comissão.
Isto porque a Casa Branca é a morada da família presidencial, que pode alterá-la ao seu gosto, mas é também parte do Museu Vivo da História da América, portanto não pode ser mudada assim tão facilmente.
De acordo com a Associação Histórica da Casa Branca, a ‘First Family’ recebe 100 mil dólares para redecorar a Sala Oval e a residência privada.
Reagan e Obama recusaram o dinheiro em favor da utilização de fundos pessoais. Trump pode seguir o mesmo caminho. Numa entrevista à revista ‘People’, o atual presidente disse que iria “mudar talvez um pouco” o espaço, que classificou de “lugar especial”.