Foi um estudo feito em 17 países. Os resultados mostraram que a doença tem um impacto negativo em vários aspetos do quotidiano e na qualidade de vida das pessoas com diabetes e dos seus familiares.
Além disso revelou que 1 em cada 5 pessoas com diabetes já se sentiram discriminadas devido à sua condição.
Este estudo global, chamado Dawn2, evidencia, ainda, que a educação desempenha um papel vital para melhorar a condição e a qualidade de vida das pessoas com diabetes, contudo cerca de metade dos participantes do estudo nunca frequentaram um programa educacional.
O Dawn2 – que no final do ano passado conta com a participação de Portugal – analisa atitudes, desejos e necessidades das pessoas com diabetes e também dos familiares e profissionais de saúde que com eles convivem, envolvendo mais de 15 mil pessoas.
Este projeto nasceu em 2011. Os dados recolhidos a nível internacional mostram que muitas das pessoas que têm diabetes ainda enfrentam vários desafios em áreas como a autogestão da doença, a adesão à terapêutica, o acesso e o envolvimento nos cuidados.
Por isso está em constante evolução. “Os resultados do estudo serão usados para identificar formas de melhorar a assistência e o apoio a pessoas com diabetes e às pessoas que lhes são próximas. Os resultados serão partilhados com instituições e associações que acompanham estas pessoas. A participação de Portugal neste estudo faz todo o sentido tendo, especialmente, em atenção que é o país da Europa com a mais alta prevalência de diabetes”, comentou na altura João Raposo, diretor clínico da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP).
Em Portugal o DAWN2 está a ser conduzido pela APDP, em parceria com a Novo Nordisk Portugal.
Além do nosso país, o estudo decorria já na Argélia, Canadá, China, Dinamarca, França, Alemanha, India, Itália, Japão, México, Holanda, Polónia, Rússia, Espanha, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos da América.
“Os dados dos restantes países que integram o Dawn2 mostram-nos que existe, ainda, um longo caminho a percorrer no que concerne à diabetes. Para além da auscultação junto de pessoas com diabetes e dos seus familiares, um dos fatores distintos que torna este estudo tão completo é que também envolve os profissionais de saúde. Estamos muito entusiasmados com a inclusão de Portugal neste estudo e expectantes para sabermos se os resultados a nível nacional estão alinhados com as evidências dos restantes países”, referiu o especialista.