Quem o afirma é a própria atriz num diário escrito na altura. As declarações foram lidas pelo ex-marido Sid Luft que as reuniu num livro sobre a sua vida com Judy Garland (‘Judy and I: My Life with Judy Garland’, ou seja ‘Judy e eu: minha vida com Judy Garland’).
Sid morreu em 2005 e só agora se descobriu esse livro que estava a escrever e que deixou inacabado. Nele é revelado que a atriz, então com 16 anos, foi vítima de abuso sexual por parte de alguns anões que interpretavam os munchkins no filme ‘O Feiticeiro de Oz’ (1938).
“Eles achavam que poderiam escapar de qualquer coisa porque eram pequeninos. Eles fizeram a vida de Judy um pesadelo nos bastidores, ao colocar frequentemente as suas mãos por baixo do vestido dela. Os homens tinham mais de 40 anos”, escreveu o terceiro marido da atriz e cantora.
As frases do livro foram transcritas pelo jornal ‘The Sun’, sendo que Sid fez ainda outras revelações.
“Ela era casada com as drogas antes de me conhecer e nunca se separou”, escreveu, referindo-se à dependência de Judy que a levou à morte, por overdose, em 1969 quando tinha apenas 47 anos.
Ao longo dos anos, o marido começou-se a aperceber do consumo intenso de drogas, como anfetaminas e barbitúricos que a deixavam com depressão severa e pensamentos suicidas.
“A Judy era uma mistura muito rara de nervos e inseguranças, auto-destrutiva e tendências suicidas. Para mim, ela foi o maior talento que já existiu”, considerou.
Sid esteve casado com Garland entre 1952 e 1965 e tiveram dois filhos: Lorna e Joey. O livro inacabado foi descoberto no ano passado junto dos seus arquivos e só agora foi publicado.