Há uns dias em conversa com um amigo cheguei à conclusão que o que se passa nas nossas vidas, nomeadamente na politica, no desporto, no país em geral, tem a ver com a cultura enraizada do ser português.
Esquecemos facilmente o bom e o mau em todo o lado, em todo o mundo. Exemplos não faltam. Não somos inferiores a ninguém, pelo contrario, e a prova está no passado histórico e no presente.
Não sabemos dar valor ao que temos, como o clima e as condições socias e estruturas de disponibilização de bens de consumo.
Passamos de comentar algo com uns olhos para o fazer com outros olhos, mesmo que diametralmente opostos, consoante os interesses que mais nos convém, tudo sem qualquer pudor.
É a portugalidade, o modo de ser português que nos fez assim. E por isso, vamos num ápice da euforia à depressão. Em poucos momentos mal algo corra de um modo indesejado ou apenas não tão de encontro com as expectativas.
Deitamos facilmente a toalha ao chão com presságios nada otimistas. Só medos e medos de ter medo.
E temos tudo, apesar de demasiadas mentes pequenas apenas preocupadas com a casa dos outros, por falta de confiança na sua. É que será mais fácil falar dos outros que arrumar a própria casa. Escondem-se misérias com discursos para fora para não se verem as próprias.
Quando mudarmos isto, ainda que daqui a muitas gerações, seremos campeões absolutos, em tudo… houvesse educação, vontade de mudar e a certeza de que, cada vez mais, a receita antiga nem sempre é a melhor.
Vou ali tirar um apontamento… Até terça!