Como seria de esperar, o presidente dos EUA foi falado na noite mais importante do mundo do cinema. Direta e indiretamente.
O apresentador dos Óscares até lhe dedicou algumas partes do seu monólogo de abertura, onde falou da quantidade de países (mais de 200) que odeiam agora os Estados Unidos, do facto de Donald Trump ter apelidado Meryl Streep de “atriz sobrevalorizada” (depois do discurso desta nos Globos de Ouro) e da atividade intensa daquele no Twitter.
“Quero agradecer a Donald Trump. Lembram-se do ano passado em que os Óscares pareciam racistas? Isso já era. Graças a ele!”, recordou Jimmy Kimmel.
Ainda no monólogo, o anfitrião da noite disse que foi um excelente ano para os filmes pois “as pessoas pretas salvaram a NASA e as brancas salvaram o jazz”.
Durante a cerimónia houve ainda tempo para Kimmel falar de notícias falsas e depois mostrou-se preocupado porque Donald Trump não escrevia no Twitter há demasiadas horas. “Estás acordado?”, perguntou numa mensagem ao presidente dos EUA.
Uma das mensagens mais fortes aconteceu na entrega de Melhor Filme Estrangeiro, ‘O Vendedor’. O realizador iraniano Asghar Farhadi não esteve na cerimónia mas enviou uma mensagem forte, criticando a lei que impede a entrada de cidadãos de sete países muçulmanos nos Estados Unidos.
“My absence is out of respect for the people of my country,” says #Oscar winner Asghar Farhadi in a statement pic.twitter.com/jed7adxP3Y
— Variety (@Variety) 27 de fevereiro de 2017
Também o ator mexicano Gael Garcia Bernal afirmou ser contra todo o tipo de muros.
.@GaelGarciaB: “I’m against any form of wall that wants to separate us” #Oscars pic.twitter.com/HH0QKDjilC
— Variety (@Variety) 27 de fevereiro de 2017