Afastada há cerca de 15 meses da ficção, quando anunciou a luta contra um cancro na mama, a atriz antevê o regresso no próximo verão.
“Já tenho muita vontade. Fez todo o sentido esta paragem, mas é importante aos pouquinhos recomeçar. Não tenho parado”, disse Sofia Ribeiro, antes de ser distinguida com o troféu Mulher em mais noite de prémios do Canal E!, no teatro Thalia, em Lisboa.
O último papel foi na novela Santa Bárbara, onde deu vida a Jéssica, mas assume-se “tranquila” com o que está para vir: “Já muito pouca coisa me mete nervosa. Não sei o que vou fazer, mas gostava que fosse algo que ainda não tenha tido oportunidade de ter feito. Qualquer coisa ‘bom astral’”.
Sofia sabe “que o ritmo de uma novela é mais exigente”. “A maior parte das vezes trabalha doze horas sobre doze horas. Devo estar destreinada, mas quero fazer e voltar o melhor possível”, assegura, sem medos.
Ainda antes de novos textos para decorar, rumará ao Brasil para, durante dois meses, estudar representação. As malas ainda não estão feitas, mas já está “cheia de vontade de ir viver aquele sol, calor e boa energia. Brincar ao Carnaval e abraçar um novo desafio: fazer workshops e partilhar experiências”.
Do outro lado do Atlântico, Sofia Ribeiro quer “desenferrujar deste tempo parada”: “Vou apostar na minha formação e no meu desenvolvimento enquanto profissional e enquanto pessoa porque é uma coisa nova para mim… Vou lá estar cerca de três meses, mas nem vou sentir porque venho muitas vezes a Lisboa”.
É que, tal como foi anunciado, é uma das juradas do programa “Let’s Dance”, a meias com Rita Pereira. A cara da TVI apenas entrará em cena no final de março, altura em que a colega se dedicará a uma peça de teatro e as duas passam a alternar nas funções.
Envolvida, nos últimos dias, numa polémica em que alegadamente teria atrasado as gravações de um videoclipe do cantor C4 Pedro, por recusar todos os vestidos escolhidos pela produção, Sofia garante que é tudo “um grande disparate e injusto”.
“Cheguei mais do que a horas. O guarda-roupa não estava pronto. Não recusei vestidos. Não seria um capricho porque não sou esse tipo de pessoa. Simplesmente a maior parte dos vestidos não me serviam, porque não eram o meu número e porque também não recuperei completamente a minha forma física, por razões obvias. Outros tantos eram muito transparentes e não foi isso que ficou definido. Ficou tudo resolvido”, esclarece.
Ainda com o cabelo curto, após o ter rapado antes de iniciar os tratamentos de quimioterapia, a atriz optou para a noite de gala por um “look francês”. Afinal, “não dá para fazer tanta coisa com este cabelo. É isto ou nada”.
Texto: Raquel Nunes e Fotos: César Lomba
