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Acusação: Pedro Dias vai ser julgado por 7 crimes de homicídio e sequestro

O Ministério Público da Guarda deduziu acusação contra Pedro Dias (“Piloto”) pela prática de dois crimes de homicídio qualificado sob a forma consumada, dois crimes de homicídio qualificado sob a forma tentada e três crimes de sequestro, foi hoje divulgado.

O arguido suspeito da prática dos crimes de Aguiar da Beira, no distrito da Guarda, foi ainda acusado de crimes de roubo de automóveis, de armas da GNR e de quantias em dinheiro, bem como de detenção, uso e porte de armas proibidas, lê-se num comunicado publicado na página da Procuradoria-Geral Distrital de Coimbra na internet.

O inquérito teve início em 11 de outubro de 2016, na sequência dos homicídios do militar da GNR Carlos Caetano, de 29 anos, e de Luís Pinto, civil da mesma idade e residente em Trancoso. O suspeito tentou matar um outro guarda e Liliane Pinto (casada com o civil que morreu), sendo que estas duas vítimas e uma outra pessoa de Arouca foram ainda sujeitas a sequestro.

Funeral do militar da GNR Carlos Caetano
Funeral do militar da GNR Carlos Caetano

“Atenta a natureza urgente desse processo, foi extraída certidão para instauração de inquérito autónomo relativamente a factos praticados contra uma cidadã residente em Trancoso, a fim de permitir o concreto apuramento das consequências das graves lesões que lhe foram infligidas”, lê-se num excerto, que se refere à mulher, de 24 anos, que ficou em coma.

A nota acrescenta que “serão, igualmente, objeto de investigação autónoma vários outros atos delituosos, sobretudo de intrusão e de apropriação indevida, que o arguido terá cometido durante o período em que andou a monte”.

O Ministério Público (MP) diz que foi ainda extraída certidão para procedimento criminal contra uma mulher, residente em Arouca, por crime de favorecimento pessoal em benefício do arguido Pedro Dias. Ou seja, aquela que o ajudou quando andava a monte.

Por se verificar perigo de fuga, perigo para a conservação e veracidade da prova, perigo de continuação da atividade criminosa e perigo de grave perturbação da ordem e tranquilidade públicas, o MP requereu que o arguido continuasse em prisão preventiva, medida à qual se encontra sujeito desde 8 de novembro do ano passado. Nesse dia entregou-se à PJ, em Arouca, num ato testemunhado pela RTP e pelo Diário de Coimbra, depois de estar um mês em fuga.

Pedro Dias, de 44 anos, aguarda julgamento na cadeia de alta segurança de Monsanto, em Lisboa. Esta terça-feira, 28 de março, foi absolvido, num outro processo, pelo furto de duas chapas de matrículas em São Pedro do Sul.