Parece que a moda das mensagens políticas em camisolas veio para ficar. Após o desfile de Prabal Gurung, na Semana da Moda de Nova Iorque, e de Ashish, em Londres, há mais uma criadora a afirmar esta tendência.
A norte-americana Rachelle Hruska, fundadora da marca “Lingua Franca”, decidiu recuperar a técnica de bordado ensinada pela sua avó para personalizar várias camisolas. Os modelos, divulgados através das redes sociais, estão a ter um grande sucesso, mais do que a criadora imaginava.
De modelo largo e cores vivas, as camisolas têm inspiração nos anos 90, sendo agora reinventadas com o toque especial dos bordados, que trazem mensagens fortes. O fenómeno surgiu quando Hruska partilhou na sua conta pessoal do Instagram a primeira criação, que foi logo cobiçada pelos amigos e seguidores.
As frases são variadas, mas têm em comum a situação atual dos Estados Unidos da América, desde que Donald Trump chegou a Presidente. Por essa razão, as mensagens defendem a igualdade de direitos dos imigrantes, das mulheres, evidenciando uma forte posição política anti-Trump. “I Miss Barack” pode ser lido em muitos dos modelos.
Rechelle Hruska começou por bordar frases clássicas, mas a eleição de Donald Trump trouxe-lhe a inspiração para ligar a moda à política, após sentir a reação de muitas das trabalhadoras da marca, imigrantes na sua maioria. O medo e impotência deram lugar às mensagens que expressam o desagrado de muitos os que pertencem à sociedade americana.
Para além da intenção explícita nas camisolas, a compra das mesmas tem também uma vertente solidária. Metade do valor é destinado a várias ONG’s que se dedicam à defesa dos direitos civis. Disponíveis para venda no site da “Lingua Franca”, qualquer pessoa tem a possibilidade de usar aquilo que pensa.