O estilista já tinha avisado. “Mais do que a apresentação da coleção, este desfile pretende ser uma espécie de panfleto “revolucionário”, um manifesto sobre o funcionamento da indústria de moda em Portugal, uma tomada de posição em relação ao panorama geral, de uma forma clara, transparente, direta, honesta e verdadeira”, lê-se na descrição da coleção.
Uma espécie de manual de instruções, resumiu ainda. Painéis das peças separados entre si e unidos com tiras e nós, efeito puzzle em que os painéis podem separar-se e mudar de posição.
Efeito patchwork, peças feitas com painéis de tecidos atados uns aos outros, peças com o mínimo de acabamentos, redução máxima de recursos, redução máxima de aviamentos e mão de obra.
Peças muito amplas e sem modelagem aparente com kit de elementos, como por exemplo tiras de elástico soltos que podem colocar-se em várias partes das peças, criando diferentes opções de modelos “faça você mesmo”.
Esta é a visão de Dino Alves para o Outono/Inverno 2017/18, mostrada no último dia da ModaLisboa, este domingo:
Fotos: Rui Vasco/ModaLisboa