A PSO Portugal (Associação Portuguesa da Psoríase) lançou, na sua página de Facebook, a campanha ‘Catarinalândia – Uma miúda cheia de vida e alguma Psoríase’. Esta é uma campanha de sensibilização baseada na história e no testemunho de Catarina Figueiredo, uma jovem adulta de 29 anos cujo diagnóstico de psoríase chegou no início da adolescência.
A campanha decorre até 28 de maio e pretende contribuir para a desmistificação da doença na sociedade. Diariamente serão publicados excertos ilustrados do diário escrito por Catarina ao longo dos anos descrevendo as emoções e constrangimentos causados pela doença ao longo do crescimento, da entrada na idade adulta, no início da vida profissional e em ocasiões do quotidiano.
Através da partilha de diferentes abordagens sobre a psoríase, a iniciativa alerta para a realidade do que é crescer com as implicações diárias da doença na qualidade de vida, no bem-estar, na autoestima e na vida familiar, escolar e profissional.
Para Jaime Melancia, Presidente da PSO Portugal, “os jovens em período de formação da personalidade afetados pela psoríase sofrem muito com o impacto social da doença, pelo que o testemunho atento e simultaneamente humorado da Catarina será um estímulo positivo para quem está perante este desafio. A psoríase é um inimigo silencioso, mas bem visível, que afeta todas as camadas sociais, géneros, idades e estratos sociais.”
A psoríase atinge entre 1% a 3% da população e calcula-se que existam entre 150 a 200 mil doentes com psoríase em Portugal. Apesar de crónica, não é mortal nem contagiosa. Apresenta-se geralmente sob a forma de lesões avermelhadas na pele, espessas e descamativas, que podem chegar a ser muito evidentes. Este facto faz com que 71% dos doentes assumam que a doença tem um impacto negativo na sua auto-estima, pois subsistem ideias pré-concebidas relativamente à pele com psoríase que os remetem para situações de desintegração social e profissional.
“O diagnóstico de psoríase não foi fácil de aceitar, sobretudo enquanto não me habituei a todos os constrangimentos que a doença impõe. Contudo, é importante seguir em frente e encarar esta realidade com boa disposição. Com esta campanha, espero que uma mensagem positiva chegue a quem precisa e que a sociedade em geral consiga compreender melhor a doença, evitando sofrimento desnecessário aos doentes”, afirma Catarina Figueiredo.