O jogador do Real Madrid confessou esta sexta-feira (17), no tribunal de Braga, que pagou 4.000 euros para conseguir “facilidades” no exame de código, feito no Centro de Exames de Vila Verde, em 2012.
Fábio Coentrão disse ao tribunal que em 2012 tinha ficado sem carta e que, com a sua mudança para Madrid, a obtenção de uma nova carta seria “muito difícil”.
O internacional português foi ouvido na qualidade de testemunha e confessou que a escola de condução em causa, em Prado, Vila Verde, “facilitava” a vida aos alunos.
Ouvido por videoconferência, na qualidade de testemunha, o futebolista admitiu que, sem ajudas, “não tinha passado” no exame, já que só saberia responder a metade das perguntas e que um dos examinadores lhe dava as respostas do exame através de gestos com os dedos.
Coentrão chegou a ser arguido, mas o Ministério Público (MP) optou pela suspensão provisória do processo, a troco do pagamento de 3.000 euros ao Banco Alimentar Contra a Fome de Braga.
Estas declarações foram feitas durante o julgamento de um megaprocesso de corrupção com cartas de condução, referente a exames feitos no Centro de Exames de Vila Verde da Associação Nacional dos Industriais de Ensino de Condução Automóvel (ANIECA).
O processo conta com 47 arguidos, entre os quais examinadores, industriais de condução, instrutores e um agente da GNR.