Bruno Fernandes, o antigo guardião da baliza do Flamengo, que cumpriu pena de prisão pelo homicídio e sequestro da ex-namorada, saiu da cadeia a 24 de fevereiro. Em liberdade, pretende recomeçar a sua carreira e já tem nove clubes de futebol interessados em si.
A notícia foi avançada pelo advogado de Bruno à imprensa brasileira que revelou, ainda, haver uma equipa que já leva vantagem: o Brasiliense. As conversações entre o clube e o jogador já estarão numa fase adiantada. A vontade em ter Bruno no ‘time’ partiu do presidente do Brasiliense, o ex-senador Luis Estévão, atualmente preso depois de ser condenado em 2006 a 31 anos de prisão por crimes de corrupção.
“Tem alguns clubes interessados no jogador e o Brasiliense é um deles. Posso confirmá-lo porque é o que se aproximou mais claramente e não pediu sigilo, diferentemente dos outros. As conversas estão bem encaminhadas”, contou o causídico, Lúcio Adolfo, a uma publicação desportiva.
O futuro profissional de Bruno, que tem até grupos de apoio no Facebook a pedir o seu regresso ao Flamengo, será definido nos próximos dias.
O ex-jogador do Flamengo – que está casado – pode retomar a carreira, mas a imagem e reputação há muito que está manchada.
Eliza desapareceu em 2010 e o seu corpo nunca foi encontrado. Tinha 25 anos e era mãe do filho recém-nascido de Bruno, de quem foi amante. Na época, o jogador era titular do Flamengo e não reconhecia a paternidade (nem atualmente reconhece, pois vai pedir um teste de ADN ao menino).
Apesar do corpo da vítima nunca ter sido encontrado, o tribunal deu como provado os crimes. Bruno foi condenado a 17 anos e 6 meses em regime fechado por homicídio “triplamente qualificado” (por motivo torpe, asfixia e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima), a outros 3 anos e 3 meses em regime aberto por sequestro e cárcere privado e ainda a mais um ano e meio por ocultação de cadáver.
A pena foi aumentada porque o ‘goleiro’ foi considerado o mandante do crime, e reduzida pela confissão do jogador.
O julgamento, que tal como o crime foi bastante mediatizado, ocorreu em 2013. A sua defesa queria a anulação do júri, mas o recurso ainda não foi analisado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).