A mudança de horário irá ocorrer já na madrugada de sábado para domingo, 26 de março. Quando for 01h00 da manhã terá de ajustar o seu relógio para as 02h00, ou seja, irá perder uma hora de sono. Mas nem tudo é negativo. Este acertar de ponteiros quer dizer que os dias vão ficar mais longos e que nos aproximamos do tempo quente.
A ideia já é antiga e foi sendo adaptada ao longo dos anos até chegar ao que temos hoje em dia: mais de 70 países que, duas vezes por ano, mudam a hora nos relógios.
O político e inventor norte-americano Benjamin Franklin foi um dos percursores desta ideia. Foi em 1784, num ensaio publicado pelo Journal de Paris, que Benjamin Franklin sugeriu que esta ideia de mudar o relógio para aproveitar mais horas de sol no verão poderia ser uma ajuda à carteira.
Na altura, as noites não eram iluminadas por conta da eletricidade mas a ‘conta da luz’ chegava igualmente, pelos gastos extra que havia em matéria-prima. Como em tantas outras coisas da nossa vida, foi a poupança a ditar a escolha.
Durante anos, William Willett, que fez parte da Sociedade Astronómica Real do Reino Unido, tentou convencer as pessoas a seguirem esta ideia. Acabou por consegui-lo. Infelizmente, morreu pouco antes.
Foi só em 1916, na Alemanha, em plena Primeira Guerra Mundial, que a mudança de hora foi aplicada por um país. A poupança – nomeadamente de combustível – estava mais uma vez na origem da ideia e, num Velho Continente em guerra (Portugal incluído), seguiram-se outros países que não quiseram ficar atrás.
A medida foi sendo debatida e readaptada ao longo das décadas mas a tendência pegou em boa parte do planeta, ainda para mais desde que o fenómeno se uniformizou nos anos 70 (altura em que a crise do petróleo serviu de motivação).
É por causa disto que nos despedimos do horário de inverno para darmos início ao de verão. Para aqueles que se demoram a habituar após terem ficado sem 60 minutos de sono, o melhor é deitarem-se mais cedo durante a noite de hoje, sábado, 25 de março.