Já se desconfiava, mas agora há um estudo científico – e alemão – a comprovar. O sentimento de receber um salário injusto pode trazer problemas cardíacos a longo prazo.
O estudo foi conduzido em parceria por economistas e médicos do Instituto de Comportamento e Desigualdade da Universidade de Bonn, na Alemanha. A equipa de pesquisadores analisou dados económicos e criou uma experiência para verificar como a remuneração desproporcional afetava a atividade do coração.
Partindo desse pressuposto, 80 alunos da universidade foram divididos em duplas com um “chefe” e um “funcionário”. Enquanto o funcionário tinha que resolver atividades monótonas no computador, o chefe ficava livre para fazer o que quisesse, inclusive tirar uma sestinha.
Quanto mais acertos na atividade, mais dinheiro a dupla acumulava. No final, quando o chefe dividia os ganhos, ficando com uma fração geralmente maior do que o funcionário dizia esperar, os pesquisadores mediam as alterações no ritmo cardíaco.
O estudo concluiu que receber menos do que se considerava justo causou grandes variações dos batimentos, o que os pesquisadores ligam ao stress e ao risco de desenvolver doenças cardíacas a médio e longo prazo.
Solução? Pois não há. Só se aumentarem o salário.