Começou por mostrar a sua qualidade aos portugueses, em 2009, quando participou na 3.ª edição do talent show da SIC, Ídolos, mas foi em 2016 que lançou o seu primeiro álbum. Em ‘Excuse Me’, Salvador Sobral fez-se acompanhar por
Júlio Resende (piano), André Rosinha (contrabaixo) e Bruno Pedroso (bateria).
Agora, está de volta ao panorama musical português devido à sua participação no Festival da Canção, mas já foi há muito tempo que começou a batalhar por um lugar ao sol neste mundo que descobriu que queria que fosse o seu. Nesse sentido, estudou nas melhores escolas dos Estados Unidos e de Espanha.
Com uma sonoridade marcada pelo jazz e pela pop, ‘Excuse Me’ apresenta sobretudo composições escritas por Salvador Sobral e Leo Aldrey. Neste trabalho, o músico exprime-se em três línguas: português, espanhol e inglês. As latinas usa-as para extravasar sentimentos mais pesados, amores sem final feliz; e a germânica ocidental para transmitir sentimentos mais esperança com rebeldia à mistura.
Comprove tudo isso, bem como a qualidade do intérprete no single que dá nome ao álbum:
Depois de ‘The Beyond/Where The Giants Roam’ (2015) e de ‘Apocalypse’ (2013), o mais recente trabalho do baixista e compositor Thundercat chegou às lojas na semana passada e dá pelo nome de ‘Drunk’.
Com um total de 23 faixas, este trabalho conta com as colaborações, entre outros, de Kendrick Lamar, Pharrell e Whiz Khalifa. Em relação aos dois álbuns anteriores que lançou, neste último Thundercat abandona o seu perfil mais sisudo e revela o lado mais divertido e leve que há em si. Isso fica evidente ainda antes de começar a ouvi-lo, basta ver a capa do disco.
No que diz respeito à sonoridade, este ‘Drunk’ oferece um pouco de tudo, com o seu protagonista a mostrar a habilidade que adquiriu ao longo do tempo de fazer músicas dentro de vários estilos, como funk, soul, hip hop, rock, jazz e pop.
A música que escolhemos para aguçar o apetite do nosso leitor para este álbum, ‘Show You The Way’, pode ser incluída no estilo pop, sendo que, também neste caso, Thundercat mostra a sua postura mais tranquila e animada.
Voltando à música de origem portuguesa, fechamos as sugestões para esta semana com ‘More Than This’, o trabalho que chegou às lojas no final do ano passado e que foi feito com o propósito de celebrar os 20 anos desde a edição de Azul, o primeiro disco do trio de Carlos Bica (contrabaixista) com Frank Möbus (guitarrista) e Jim Black (baterista).
A fasquia estava alta, desde logo porque esse primeiro álbum de Carlos Bica & Azul, de 1996, é considerado pela crítica como um dos melhores álbuns nacionais de jazz de sempre. Ainda assim, este último consegue surpreender, pois mostra que a música deste trio não ganhou rugas.
Ao sexto álbum a dinâmica deste grupo continua bem viva e a ausência de obrigatoriedade de mostrar serviço confere-lhe a liberdade necessária para arriscar. Por isso, este trabalho sai da alma e isso torna-o ímpar.
Cada um dos integrantes do grupo desdobra-se por múltiplos projectos, mas quando se juntam parece que nunca fizeram outra coisa senão tocar juntos. Isso é algo que fica bem evidente até na apresentação do trabalho, conforme pode comprovar aqui:
