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Carrilho chora em tribunal: “São temas de que me envergonharei sempre”

“São temas de que me envergonharei sempre”, foi desta forma que o ex-Ministro da Cultura falou do impacto que as suas declarações injuriosas e partilhas de pormenores íntimos na comunicação social – insultando o carácter e a capacidade maternal de Bárbara Guimarães – tiveram na vida dos seus filhos.

Manuel Maria Carrilho falou esta terça-feira em mais uma sessão de julgamento em que está acusado de violência doméstica por parte da ex-mulher.

“Só o contexto de violência em que estou envolvido, de perseguição e mentiras é que justifica isso. Eu não estava lúcido”, continuou, emocionado.

O arguido estava a ser questionado pelos factos ocorridos na madrugada de 21 de maio de 2014, altura em que entrou em casa de Bárbara Guimarães, ameaçou-a e atirou-a contra a parede. Foi o então namorado da apresentadora, Kiki Neves, a salvá-la, evitando mais agressões.

Nesse dia Carrilho apresentou queixa contra Bárbara por agressões e abandono dos filhos. Contudo, as câmaras de vigilância à porta de casa da apresentadora mostravam que ela estava em casa.

Kiki Neves tinha sido arrolado para testemunhar ontem, mas voltou a adiar a sua presença em tribunal. O empresário, de 47 anos, começou a namorar com Bárbara, de 43, em maio de 2014 e terminaram a relação amorosa em setembro de 2015.

A audiência de ontem, 4 de abril, girou em volta das declarações contraditórias proferidas por Manuel Maria Carrilho naquela madrugada de 2014. O filósofo garantiu que nunca insultou Bárbara Guimarães e que, no máximo, terá mencionado a “tristeza” ou a “miséria” que toda aquela cena lhe terá sugerido.

Quando questionado sobre a alegada agressão de Kiki Neves, o arguido justificou ter dito que tinha levado um murro ou um pontapé nas costas devido à confusão que sentiu no momento.

“Pode ter sido qualquer coisa. Quando a Bárbara está a atacar-me é nesse momento que ele (Kiki Neves) se atira por trás”, esclareceu Manuel Carrilho.

O julgamento prossegue a 18 de abril no Campus da Justiça, em Lisboa.