Desde que a figurinista da Globo Susllem Meneguzzi Tonani denunciou que tinha sido vítima de assédio sexual por parte do veterano José Mayer, foram várias as mulheres que vieram a público dizer que também tinham passado por uma situação semelhante.
Luana Piovani, conhecida por não ter papas na língua, recordou as agressões que sofreu às mãos do ex-namorado, o também ator Dado Dolabella, em 2008, e deixou várias farpas.
“Assédio, essas histórias machistas e misóginas, é o que a gente mais tem. A gente precisa quebrar o silêncio, tomar as rédeas das nossas vidas pelas mãos em todas as empresas, em todos os lugares”, começou por dizer no seu canal de Youtube em reação ao caso José Mayer.
“Dado Dolabella enfiou a mão na minha cara, eu fui para o mundo contar e seis meses depois ele ganhou R$ 2 milhões em ‘A Fazenda’ [reality show], votados pelo telefone. Pelas pessoas. Então o que eu quero dizer é o seguinte: Nós escolhemos essas pessoas, essa realidade. Porque as pessoas se calam, não falam, ou falam e fingem que não escutaram, e com poucas falando, quando uma dessas morre, ficam tampando como se tudo estivesse bem […] Vocês imaginam como eu me senti quando Dado Dolabella ganhou R$ 2 milhões seis meses depois de ter enfiado a mão na minha cara?”, questionou, revoltada.
Luana ainda recordou outros casos mediáticos de violência doméstica, como o ator Kadu Moliterno que bateu na antiga mulher e continua a ter papéis de protagonismo na televisão; e o guarda-redes Bruno Fernandes, condenado por matar a amante Eliza Samudio e que já alinha por um clube de futebol.
“E ele foi contratado. Você acha que ele foi ressocializado? Que ele pagou pelo crime que fez? Porque ele disse que foi um erro, não disse que foi um crime. Ele chama matar uma mulher grávida, pedir para alguém cortar, dar para os cachorros e nem contar onde a menina tá, de erro. E ele tá aqui, dando autógrafo, ganhando um puta salário provavelmente”, completou.