Hoje, 21 de abril, assinala-se o Dia da Reabilitação Respiratória. E porque é que há um dia dedicado a isso? Porque ajuda os doentes crónicos.
Os programas de Reabilitação Respiratória assentam em três pilares: controlo clínico, exercício e educação. Apesar de Portugal contar com uma diminuta capacidade de resposta por parte dos serviços de saúde existentes, públicos e privados, existe uma forte evidência dos benefícios da Reabilitação Respiratória.
Aliás, foi publicado um despacho no Diário da República que define que até ao final deste ano, todos os Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) devem ter acesso a tratamentos de reabilitação respiratória, de acordo com as necessidades dos utentes e a sua distribuição geográfica.
Voltando ao assunto. A Reabilitação Respiratória é uma componente fundamental no tratamento do doente respiratório e é atualmente apontada como uma intervenção de primeira linha no tratamento de doentes com DPOC (doença pulmonar obstrutiva crónica) estável, num estádio moderado a grave.
Este tratamento é essencial para dar resposta aos doentes respiratórios portugueses que têm um
acesso mais reduzido, comparativamente a outros doentes europeus.
Os programas de Reabilitação Respiratória permitem a diminuição dos sintomas e principalmente um aumento na capacidade física, possibilitando ao doente ter uma vida diária com maior qualidade de
vida e autonomia na gestão da doença.
Estes são os benefícios já comprovados:
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- – Melhoria na funcionalidade;
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- – Aumento da capacidade para o exercício;
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- – Melhoria global da qualidade de vida;
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- – Maior autonomia;
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- – Diminuição dos sintomas e das incapacidades físicas e psicológicas causadas pela doença respiratória através da capacitação do doente;
- – Melhoria da aptidão física, mental e consequentemente da performance dos pacientes, promovendo a reintegração social máxima dos mesmos.
Há também redução dos gastos com a saúde, uma vez que o doente não terá de recorrer com tanta frequência a consultas médicas, idas às urgências e internamentos.
Segundo o relatório “Portugal – Doenças Respiratórias em Números 2014” da Direção-Geral de Saúde, os custos associados aos internamentos por doenças respiratórias atingiram 213 milhões de euros em 2013. O custo médio de um internamento foi, nesse mesmo ano, de 1892 euros.
As doenças respiratórias são ainda a terceira mais importante causa de custos diretos relacionados com os internamentos hospitalares, a seguir aos das doenças cardiovasculares e do sistema nervoso.