A informação foi avançada pela própria empresa esta quarta-feira, 5 de abril. Trata-se de uma nova opção que ajuda os utilizadores a denunciarem atos de “vingança porno” mais facilmente. Ou seja, previne que as imagens íntimas ou sexualmente explícitas – normalmente tiradas por antigos parceiros – sejam partilhadas sem consentimento.
A ferramenta funcionará não só no Facebook, como também no Instagram e no Messenger.
Ao receber denúncias desse tipo de conteúdo, uma equipa especializada impedirá que ele se espalhe naquelas três plataformas. De acordo com a consultoria norte-americana Pew Research Center, 73% dos adultos na internet já viram alguém ser alvo de ‘revenge porn’ e 40% foram vítimas do abuso.
O Facebook foi processado nos Estados Unidos e noutros países por pessoas que afirmam que a empresa deveria ter feito mais para impedir a prática. A companhia deixou claro em 2015 que imagens “partilhadas como vingança” são proibidas e os usuários já têm agora recursos para denunciar fotos e vídeos que violem os termos da rede social.
E como é que funciona? Basta ver uma publicação que acreditamos ser pornografia de vingança e denunciá-la como “Imagem íntima não consensual”. Esta opção passou a existir no Facebook a partir desta quarta-feira.
O conteúdo será analisado pela tal equipa que, por sua vez, decidirá pela remoção ou não das imagens da plataforma e se o autor do post deverá ser bloqueado da rede. Uma vez catalogada como vingança, o sistema reconhecerá a mesma imagem caso outro usuário tente postá-la novamente e impedirá a publicação no Facebook, na rede social fotográfica Instagram e na aplicação de mensagens Messenger.
A organização sem fins lucrativos ‘Iniciativa para Direitos Civis Cibernéticos’ salienta que 90% das vítimas da pornografia de vingança são mulheres, 93% afirmaram ter sofrido sequelas emocionais, 51% consideraram cometer suicídio e 49% foram perseguidas ou assediadas por outros usuários que viram essas publicações na internet.