É já esta terça-feira às 12h00 que será revelado, no Jardim das Francesinhas, junto à Assembleia da República, em Lisboa, o memorial dedicado ao músico Zeca Afonso.
A cerimónia vai contar com o presidente da Câmara Municipal, Fernando Medina, e a vereadora da Cultura, Catarina Vaz Pinto.
“Este memorial reúne um conjunto de elementos biográficos patentes na sua construção e na sua localização: o jardim encontra-se junto ao poder político da Assembleia da República, do Ensino e da Juventude (aqui corporizado pelo ISEG) e da própria Associação José Afonso (AJA), entidade que promove o conhecimento e a valorização da vida e obra do cantautor”, disse a Câmara Municipal de Lisboa em comunicado.
O memorial “nasce de uma proposta de Orçamento Participativo e foi desenvolvida em parceria com a AJA”, referiu ainda.
O município acrescentou que “a esta simbologia acresce o facto de o memorial, propriamente dito, ter sido concebido como parte do trabalho de curso dos alunos de Escultura da Faculdade de Belas-Artes, sob orientação do professor Sérgio Vicente, e a placa em bronze concebida por Luísa Barros Amaral”.
O objetivo é que este memorial seja, no futuro, ponto de encontro para leituras de poesia e outros momentos de celebração cultural dinamizados pela AJA.
José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos nasceu a 2 de agosto de 1929, em Aveiro. Estudou em Coimbra, no curso de Ciências Histórico-Filosóficas da Faculdade de Letras, foi professor em vários pontos do país e também viveu em Moçambique.
Ao longo da sua carreira como cantor e músico interpretou o fado de Coimbra, mas ficou mais conhecido pelas suas canções de intervenção, contra o regime ditatorial. Morreu, aos 57 anos, a 23 de fevereiro de 1987, tendo o seu funeral reunido milhares de pessoas, em Setúbal.
Paralelamente à inauguração do memorial, a autarquia vai abrir as portas dos Paços do Concelho no 25 de Abril e vai abrigar uma exposição fotográfica dos momentos que se viveram na manhã da Revolução de 1974.
Recorde-se que ‘Grândola, Vila Morena’, de Zeca Afonso, foi a segunda senha do 25 de Abril. A primeira foi ‘E Depois do Adeus’, de Paulo de Carvalho.