Como é tradição na Quinta-Feira Santa, o Sumo Pontífice celebrou a habitual cerimónia de lava-pés. Este ano o Papa Francisco esteve com alguns presos na Casa de Reclusão de Paliano, na província de Frosinone e Diocese de Palestrina, a sul de Roma.
A celebração, tal como a própria visita do Papa, foi privada.
“Santa Missa da Ceia do Senhor”, lê-se na legenda da fotografia de um lava-pés, colocada ontem no Instagram oficial do Papa.
Esta vai ser a terceira vez que Francisco celebra este rito com presos. Em 2015, esteve no complexo prisional de Redibia, em Roma, onde lavou os pés a 12 pessoas – seis homens e seis mulheres – e também a uma criança que estava no colo da mãe.
Já no ano passado, o pontífice argentino lavou os pés a refugiados no centro de acolhimento de requerentes de asilo de Castelnuovo di Porto, a cerca de 30 quilómetros a norte do Vaticano, que recebe sobretudo jovens refugiados.
Nessas duas ocasiões a visita foi partilhada em vídeo.
A Igreja Católica começa a celebrar o Tríduo Pascal com a Missa da Ceia do Senhor, na qual se repete o gesto do lava-pés.
Hoje, Sexta-feira Santa, as meditações da Via-Sacra a que o Papa vai presidir, no Coliseu de Roma, vão evocar a “banalidade do mal”, numa proposta da teóloga francesa Anne-Marie Pelletier.
A tradição da Via-Sacra no Coliseu de Roma remonta ao século XVIII e foi retomada em 1964 pelo Papa Paulo VI.
Todos os anos, o Papa pede a um autor diferente a redação dos textos de reflexão apresentados nas estações da Via Sacra de Sexta-feira Santa, seguida por dezenas de milhares de peregrinos, com velas na mão.