O treinador do Real Madrid disse, numa conferência de imprensa, esta sexta-feira, que se deve “evitar ao máximo” a Frente Nacional (FN) na segunda volta das presidenciais francesas. Zinédine Zidane já tinha feito o mesmo apelo em 2002, quando Jean-Marie Le Pen (pai de Marine Le Pen) conseguiu votos suficientes para continuar como candidato a Presidente.
Desta vez a visada foi Marine Le Pen, atual candidata e líder do partido de extrema-direita, e esta já respondeu a Zidane, dizendo que “com o que ele ganha” não espanta que vote Emmanuel Macron.
“Que querem que diga, ele pode dar conselhos sobre futebol, é preciso dizer que nisso é muito bom, mas em política não é uma certeza. Hão-de dizer-me, com o que ele ganha, compreendo ao mesmo tempo que vote em Macron”, argumentou numa entrevista na televisão.
“Suponho que o senhor Zinédine Zidane possuiu um considerável capital financeiro, e assim terá provavelmente todo o interessa na eleição de Macron para preservar a riqueza que conseguiu obter devido ao seu talento”, continuou.
O antigo médio, de 44 anos, é filho de argelinos, da região de Cabília, mas nasceu no bairro de ‘La Castellane’ na cidade de Marselha, França.
O facto de Marine Le Pen prometer “dureza total” contra a imigração não deve ajudar à ‘antipatia’ de ‘Zizou’ pela FN.
“A mensagem é sempre a mesma, a de 2002 [durante a passagem do pai de Marine Le Pen à segunda volta das presidenciais]. Estou longe de todas essas ideias, desta Frente Nacional. Assim é preciso evitá-la ao máximo. Os extremos nunca foram bons”, considerou o técnico dos merengues na conferência de imprensa dada antes do jogo deste sábado, entre o Real Madrid e o Valencia, para o campeonato.
O independente Emmanuel Macron venceu a primeira volta das presidenciais francesas do passado domingo com 24,01% dos votos, e vai defrontar, na segunda volta a 7 de maio, Marine Le Pen, que conseguiu 21,30% dos votos.
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