Uma jovem de 15 anos deu entrada, pelas 20h30 desta terça-feira, no hospital de São João, no Porto, com cortes nas mãos, braços e peito. A PSP acredita tratar-se do jogo online ‘Baleia Azul’, apesar de ainda não o conseguir confirmar.
A mãe da menor foi avisada por uma vizinha, que a alertou para os perigos deste jogo, que já virou moda e estimula a automutilação e o suicídio.
A ‘Baleia Azul’ já fez vítimas em Portugal, sendo este o terceiro caso conhecido no país, mas até agora não houve nenhuma tragédia mortal. A história de Irina, de 18 anos, chocou há dias os portugueses ao saberem que a jovem foi internada em estado grave, no Hospital de Faro, depois de se ter atirado de um viaduto por causa de um desafio que lhe foi colocado.
O jogo nasceu na Rússia, onde já fez pelo menos 130 mortes de adolescentes. Um dos criadores da ‘Baleia Azul’ foi detido e vai a julgamento.
Ao que consta, os adolescentes são desafiados a cumprir diversas tarefas de automutilação, como cortar a pele e cravar palavras e símbolos nos braços, incluindo a baleia que dá nome ao jogo. Quem entende participar fica ainda sujeito à privação de sono, bem como a ver filmes de terror sem parar. Ao 50.º dia, o jogador recebe instruções para terminar com a própria vida e, se a ‘lavagem cerebral’ tiver funcionado, avança sem medo.
Entretanto, foi criado um jogo chamado ‘Baleia Rosa’, que tem o objetivo de destituir a ‘Baleia Azul’. Trata-se de uma iniciativa levada a cabo por um designer e uma publicitária brasileiros que trabalham juntos.
Dicas como agradecer, elogiar-nos a nós próprios e perdoar são algumas das tarefas dos participantes. O objetivo é apelar à positividade, através de 50 desafios de valorização à vida.
