‘Corpo&Alma’ é a exposição do mestre António Ole que a Galeria SALA 117, no Porto, inaugura já na próxima sexta-feira, dia 26 de maio.
Esta mostra, que estará patente até 15 de julho, é também uma oportunidade única para celebrar os 50 anos do trabalho de um dos mais notáveis artistas africanos (1967-2017), promovendo uma ampla visão sobre uma obra que se distingue pelo seu caráter ecléctico e plena de consciência social. É também um regresso ao Porto 30 anos depois.
É no desenho, a sua disciplina precursora, que assenta o conceito principal desta exposição de Ole. A série de dez desenhos, ‘Alma&Circunstância’, resulta de um “resgate” ao acervo íntimo do artista, reunindo esquissos e textos poéticos.
Nascido em Luanda em 1951, o mestre António Ole é um dos nomes maiores da Artes Angolana, sendo o único artista a representar Angola na edição deste ano da prestigiada Bienal de Veneza, que irá decorrer entre 13 de maio e 26 de novembro, e onde será apresentado o projeto ‘Magnetic Memory / Historical Resonance’.
Ole afirma-se como artista plástico, com esculturas inspiradas nos murais dos Tchokwe, produzindo também pintura moderna, cuja originalidade advém dos elementos tradicionais que são utilizados, sem rejeitar a polémica. Aos 19 anos atraiu a atenção da crítica e do público, expondo no IV Salão de Arte Moderna de Luanda um quadro onde se pode ver o Papa Paulo VI a tomar a pílula.