A Diretora-Adjunta de Informação da TVI, de 56 anos, lançou a obra ‘Pensar. Sentir. Viver’ na Fnac Colombo esta terça-feira, dia 9 de maio.
No livro editado pela Bertrand pode ler-se uma conversa entre Judite Sousa e o psiquiatra, psicoterapeuta e professor universitário Diogo Telles Correia, onde são abordados temas relacionados com os misteriosos caminhos da mente humana.
Telles Correia esteve ao lado da pivot durante a apresentação da obra, tal como o jornalista José Alberto Carvalho e Fausto Pinto, diretor da Faculdade de Medicina de Lisboa.
A escritora comparou o novo livro a ‘Casablanca’, um dos seus filmes favoritos, uma obra “a preto e branco”, com “vício dos contrastes fortes, intensos” e “um labirinto de paixões” com “um amor violento”.
“Se vos falo de ‘Casablanca’, é porque a vida é feita de contrastes. Ciclos. E temos que estar preparados para sabermos lidar com esses ciclos, com as adversidades da vida, num tempo confuso, complexo, perturbante em que vivemos. Um tempo que nos põe à prova a cada minuto. Precisamos de saber como devemos conduzir as nossas vidas nos planos da razão e da emoção”, explicou.
“É este, para mim, o sentido deste livro. Porque o coração guarda sempre aquilo que nos escapa das mãos”, concluiu Judite Sousa no evento, referindo-se assim, de forma indireta, à perda do filho, André Bessa, vítima mortal de um acidente ocorrido numa piscina em junho de 2014.
Para José Alberto Carvalho, “este livro é uma imensa página do livro da vida da Judite”. O pivot da TVI começou por descrever a vida de uma figura pública como “um exercício de coragem, receio, ousadia, admiração e incompreensão”, para em seguida falar particularmente na situação complicada pela qual a colega e amiga tem atravessado.
“No caso de uma jornalista de televisão, que tem como missão levar as notícias aos outros com regularidade, esse sofrimento passa a ser partilhado. Não há mais nada a esconder quando se partilha o luto e o sofrimento. Despidos. Totalmente nus no mais íntimo do nosso ser. E, como sabemos, é isso que tem acontecido há três anos com a Judite. E esse sofrimento partilhado pode significar por vezes algum conforto, mas também significa uma impiedosa e inescapável lembrança. Porque desta forma nem no sofrimento nos podemos refugiar dos outros”, declarou o jornalista durante a apresentação.
A cara da estação de Queluz contou com a presença da mãe, Isabel Fernanda de Jesus, no lançamento de ‘Pensar. Sentir. Viver’, da irmã, da sobrinha e das afilhadas. Os colegas e amigos da jornalista também não faltaram ao evento, entre eles José Eduardo Moniz, consultor da área da Ficção da Media Capital, o comissário europeu Carlos Moedas e a apresentadora Cristina Ferreira.
A anfitriã dos programas ‘Você na TV’ e ‘Apanha se Puderes’, ambos transmitidos na TVI, voltou a elogiar a força da colega.
“Como mãe não consigo compreender. Acordar todos os dias com objetivos, que eu não sei quais são… não consigo imaginar quais são os objetivos de alguém que viveu tantos anos a lutar pela felicidade de uma pessoa, e de repente ela já não está lá. Juro que não consigo perceber, acho que ela é de uma força imensa. O que não quer dizer que não quebre, porque quebra sim”, confessou.
No evento também estiveram presentes Tony Carreira, Iva Domingues, Sílvia Rizzo e Helena Isabel. Veja as imagens:
Fotos: César Lomba