‘Língua Franca’ é o nome do grupo e do álbum que junta os portugueses Capicua e Valete aos brasileiros Emicida e Rael. É portanto, em bom português, que começamos as nossas sugestões musicais para a semana.
Este projeto tem hip hop, que é como quem diz que, nas letras dos seus temas, encontraremos bastante conteúdo, nomeadamente político e social. Aliás, não poderia ser de outra forma.
O grupo é composto por quatro artistas de dois países irmãos na história e, cada vez mais, na cultura. A língua portuguesa é outro denominador comum, o produto final é único.
Nas lojas desde a passada sexta-feira (26), este trabalho tem sido bastante procurado e elogiado, nomeadamente por Caetano Veloso, e em breve, mais concretamente na edição deste ano do Festival Super Bock Super Rock, poderá ouvir ao vivo as músicas que o integram. Até lá, fique com o tema ‘Ideal’.
Cleo Tucker e Harmony Tavidad tinham apenas 17 anos quando, em 2013, formaram as ‘Girlpool’. Ao contrário do que pode fazer crer, a dupla não é apenas uma ‘girls band’ qualquer, pois desde os primeiros passos na música mostraram-se apostadas em… contar histórias.
Os álbum de estreia das californianas, ‘Before The World Was Big’ de seu nome, foi apenas editado em 2015 e trouxe com ele uma forte componente autobiográfica. Agora, dois anos depois, as norte-americanas apresentam ‘Powerplant’.
Este novo trabalho mantém-se fiel ao primeiro no que toca à mensagem e à voz, mas a sonoridade amadureceu bastante, bem como as suas intérpretes.
A simplicidade do baixo e da guitarra comprova o crescimento. Quanto às letras, essas andam de mãos dadas com as vivências habituais de qualquer pessoa que passou ou está a passar por aquela idade, nomeadamente do que diz respeito ao amor. Tudo isso pode ser encontrado no tema ‘It Gets More Blue’.
A fechar, voltamos à língua portuguesa e ao primeiro projeto a solo de Ana Bacalhau que só será editado no próximo mês de outubro, mas cujo primeiro single já foi dado a conhecer. Já lá iremos.
Primeiro refira-se que ‘Nome Próprio’ terá o selo da Universal Music e vem mostrar que a sua intérprete tem vida para lá dos Deolinda. “Há algum tempo que sentia este desejo, esta necessidade de perceber quem é que eu sou quando faço música em nome próprio”, expressou Ana Bacalhau, há dias.
Como a própria intérprete notou, apesar de esta ser a sua primeira experiência a solo, “ninguém faz nada sozinho” e, nesse sentido, a maioria dos temas foi escrita por autores como Miguel Araújo, Samuel Úria, Jorge Cruz, Nuno Prata, Nuno Figueiredo, Capicua, Márcia, Carlos Guerreiro, Francisca Cortesão e Afonso Cruz.
Ana Bacalhau, por seu lado, assina a letra e a música de uma das canções e escreveu a letra de outros dois temas. Quando mostrar este trabalho ao vivo estará acompanhada pelo quarteto auto-intitulado por ‘As Pataniscas’, a quem pediu uma sonoridade que fosse a sua “impressão digital”. Até lá, ouça ‘Ciúme’.