O julgamento de Manuel Maria Carrilho voltou a ser suspenso esta segunda-feira, por ordem do Tribunal da Relação, depois do advogado de Bárbara Guimarães ter apresentado um “novo incidente de recusa” contra a juíza do processo. Ou seja, por ter invocado, mais uma vez, a falta de imparcialidade de Joana Ferrer.
Em comunicado, o antigo Ministro da Defesa garante que a sua ex-mulher não conseguirá adiar o inevitável e acusa-a de estar a montar uma estratégia para impedir que o filho mais velho Dinis Maria, de 13 anos, testemunhe.
“Só quem for muito distraído não vê que este estratagema adotado por Bárbara Guimarães tem tudo a ver com o facto de a primeira testemunha de defesa, prevista ouvir hoje, 15 de maio, às 10h00, ser o meu filho Dinis. Mas com este estratagema não conseguirá mais do que adiar o inevitável, como já aconteceu das outras vezes em que Dinis testemunhou, prestando declarações que foram sempre certificadas como credíveis pelo Instituto de Medicina Legal”, lê-se no comunicado.
“O que se pretende com estas manobras é muito claro: trata-se não só de prolongar a suspeita sobre mim decorrente das suas falsas acusações, como também de exercer uma ilegítima e intolerável pressão sobre os tribunais. Mas não conseguirá mais do que adiar o inevitável”, salientou.
“Importa sublinhar que, embora indicado por mim, foi a mãe que trouxe o Dinis Maria para o processo, reiterando que foi por mim agredida na presença do filho. Mais uma mentira a que ela agora, como tantas outras, não sabe como fugir”, adiantou Carrilho.
O mesmo afirma ainda que até as próprias testemunhas de Bárbara têm faltado à audiência, o que demonstra o receio e a falta de coerência da apresentadora da SIC ao longo deste processo de violência doméstica, contudo acredita que a justiça “prevalecerá sobre os pequenos truques e a batota de quem a quer pôr em causa”. Apesar de tudo, diz, confia “na justiça e no estado de direito”.
Este é o terceiro incidente de recusa que o advogado de Bárbara Guimarães interpõe contra a juíza Joana Ferrer. No segundo, a Relação decidiu manter a magistrada.