Existem cerca de 700 mil “pirilampos mágicos” disponíveis para serem comprados a partir de hoje em Portugal. Cada pirilampo, de cor amarela ou azul, custa dois euros e faz parte de uma campanha da Federação Nacional de Cooperativas de Solidariedade Social (Fenacerci), que celebra 30 anos.
Esta iniciativa, que decorre até 28 de maio, tem como objetivo apoiar pessoas com deficiência intelectual e multideficiência. “Queremos voar” é o lema da campanha, que se associa ao Ano Europeu do Turismo Acessível.
“Voar para as pessoas com deficiência significa atingir a sua autonomia, significa poder decidir, significa poder conhecer novas pessoas, novas paragens, atingir novos conhecimentos, ter novas oportunidades e ir mais longe”, explicou à Lusa o vice-presidente da Fenacerci, Rogério Cação.
Apesar da campanha ter este ano “um pirilampo trintão”, a vitalidade mantém-se a mesma que “tinha no ano em que foi lançado, em 1987”, e o objetivo continua a ser o de “espalhar a mesma mensagem de solidariedade”, de “defesa dos direitos das pessoas com deficiência”.
Além dos “pirilampos mágicos”, também se encontram à venda outros artigos relacionados com a campanha, entre eles t-shirts, canecas, chávenas, sacos e “pins”. O preço destes objetos varia entre um e seis euros.
Há também um segundo livro lançado pela campanha, “Voar com o pirilampo mágico”, que faz parte do Plano Nacional de Leitura, segundo Rogério Cação.
O responsável da Fenacerci referiu que a credibilidade da iniciativa “tem beneficiado imenso com o facto de termos muitas figuras públicas associadas à campanha”, que este ano conta com o apoio do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Desde a primeira campanha solidária que foram vendidos no total cerca de 20 milhões de bonecos, mais de dois milhões de pins, cerca de 69 mil t-shirts, quase 50 mil canecas, mais de 16 mil chávenas e cerca de 70 mil sacos, de acordo com os dados da Federação Nacional de Cooperativas de Solidariedade Social.
Foi em 1986 que surgiu a campanha. O responsável pela iniciativa era na altura diretor de programas da RDP-Antena 1 que, depois de ter ouvido um programa na rádio sobre os problemas das pessoas com deficiência mental, propôs à federação a realização de uma campanha de angariação de fundos a favor das cooperativas de solidariedade social (CERCI), o que aconteceu um ano depois.
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