“Os últimos 100 dias de Diana” é o novo documentário que assinala os quase 20 anos desde a morte da princesa, revelando alguns detalhes, até então desconhecidos, sobre as suas últimas semanas, assim como alguns segredos sobre a personalidade e dramas de uma das figuras mais icónicas da casa real britânica.
O programa foi emitido na estação televisiva ABC, no passado domingo, narrando o verão que culminou na sua trágica morte, a 31 de agosto de 1997, num acidente de carro em Paris. A emissão foi apresentada pelo jornalista britânico Martin Bashir, que conduziu aquela que foi considerada a maior entrevista alguma vez feita à princesa, no ano de 1996.
O verão de Diana como uma mulher solteira, após se ter divorciado do príncipe Charles, é o ponto central do documentário, que aborda o início de um novo relacionamento e a forma como lidava com a perda de importância no circuito mediático, bem como alguns detalhes ainda desconhecidos acerca do seu perfil.
Foram cinco os segredos revelados, que mostram um outro lado da “princesa do povo”.
Não conheceu assim tão bem Dodi Al-Fayed
Todos reconhecem a relação fria que Diana mantinha com Charles, sendo frequente ouvir que o seu coração pertencia ao produtor cinematográfico egípcio, Dodi Al-Fayed, com quem manteve um relacionamento ao longo do verão de 1997. Dodi estava com Diana no trágico acidente em Paris, onde também perdeu a vida.
No entanto, fontes próximas da princesa revelaram que esta se apaixonou por um cirurgião de origem paquistanesa, Hasnat Khan. Os dois conheceram-se num hospital em Londres, surgindo desde logo o romance. Porém, o médico desconfiava da possibilidade de um futuro no relacionamento, acabando por se afastar definitivamente quando Diana lhe fez um ultimato: ou tornavam a relação pública, ou então separavam-se.
Conheceu mal Dodi Al-Fayed
Embora o primeiro contacto de ambos tenha sido em 1986, durante uma partida de polo em Windsor, os dois aproximaram-se pouco tempo antes do romance ser tornado público através dos media. De facto, o documentário afirma que nesse último verão de vida, Diana tencionava passar grande parte do tempo com o pai de Dodi, ou com Gulu Lalvani, 20 anos mais velho, com quem teve alguns encontros. Acabando por aceitar o convite de Mohamed Al-Fayed, acompanhou o bilionário numas férias em Saint Tropez, levando consigo os filhos, William e Harry. Foi aí que conheceu Dodi.
Detestava a imprensa, mas sabia usá-la para sua vantagem
No período do divórcio com o príncipe Charles, Diana ficou furiosa com alguns amigos e com a sua mãe por darem entrevistas sobre esse conturbado assunto. A princesa sentia-se, sobretudo, atacada pelos órgãos de comunicação social, fazendo questão de mostrar o seu crescente desagrado em relação aos media. Mas o documentário revela agora que houve alturas em que Diana usou o seu poder mediático para se vingar através da imprensa, sobretudo de Charles e de Khan. Depois de circularem fotografias de uma festa de aniversário que o príncipe organizou para Camilla, acredita-se que Diana encenou fotografias para os paparazzi, durante as suas férias em Saint Tropez.
Acredita-se ainda que o famoso beijo a Dodi Al-Fayed, durante uma estadia em Sardenha, que circulou nas primeiras páginas dos principais tablóides possa também ter sido avisado por Diana, de modo a ter a certeza de que iria ser fotografado.
Teve uma relação complicada com a sua mãe
A sua mãe, Frances Shand-Kydd, deixou o pai de Diana por outro homem, algo que foi profundamente marcante na vida da princesa. Aliás, são muitos os que acreditam que esse trauma pode ter condicionado desde o princípio o casamento com o príncipe Charles. O que se sabe agora, é que condicionou também a relação entre mãe e filha, cujas divergências se acentuaram desde o relacionamento de Diana com Dodi, uma vez que Frances não aprovava o seu envolvimento com um homem muçulmano. A tensão piorou ainda mais depois da entrevista que a mãe deu sobre o seu divórcio com Charles.
Não queria dançar com John Travolta
A icónica foto que se tornou histórica, que regista uma dança protagonizada por Diana e pelo ator John Travolta, não retrata a perspetiva da princesa em relação àquele momento. Na verdade, ela queria dançar com o conhecido bailarino Mikhail Baryshnikov, um dos seus maiores ídolos. No entanto, teve que se sujeitar à decisão do presidente Ronald Reagan, que proporcionou uma dança entre as duas estrelas.